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Governo eleva projeção de crescimento do PIB em 2024 para 3,3% e vê inflação próxima ao teto da meta

Melhora na projeção para o crescimento deste ano se deu pelo aumento na projeção de expansão para o terceiro trimestre

18 nov 2024 - 09h59
(atualizado às 11h11)
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O Ministério da Fazenda também revisou para cima a projeção para o INPC, índice utilizado para a correção do salário mínimo
O Ministério da Fazenda também revisou para cima a projeção para o INPC, índice utilizado para a correção do salário mínimo
Foto: Andre Dusek/Estadão / Estadão

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,3%, ante estimativa anterior de 3,2%, prevendo também um nível mais alto de inflação à frente, mostrou boletim divulgado nesta segunda-feira.

A secretaria ainda manteve a expectativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,5%.

Em relação à atividade, a secretaria informou que a melhora na projeção para o crescimento deste ano se deu pelo aumento na projeção de expansão para o terceiro trimestre, que subiu de 0,6% para 0,7%, elevando o carregamento estatístico para o crescimento do ano.

O documento destacou uma melhora na estimativa para o setor agropecuário, cujo PIB para o terceiro trimestre passou de uma contração de 0,5% para uma expansão de 0,2%. Para o setor industrial e de serviços não houve alterações na margem, com previsão de avanço de 1,2% e 0,7%, respectivamente.

Para o ano, a projeção para o PIB do setor agropecuário foi revisada para uma queda de 1,7%, ante uma contração de 1,9% prevista em setembro.

Para 2025, a secretaria informou que a manutenção na previsão se deu apesar do aumento esperado para a taxa básica de juros nos próximos meses, que foi compensado por melhoras nas expectativas para a safra de grãos e para a produção extrativa no próximo ano.

O Banco Central acelerou o ritmo de seu aperto monetário neste mês, elevando a taxa Selic em 50 pontos-base, para 11,25% ao ano. A expectativa do mercado é de um movimento semelhante na reunião do próximo mês.

INFLAÇÃO MAIS ALTA

O documento apontou uma deterioração na visão do governo para a inflação, com a projeção para o IPCA indo a 4,40% em 2024, ante previsão de 4,25% feita em setembro, enquanto o índice para 2025 foi ajustado de 3,4% para 3,6%.

As estimativas para os dois anos estão bem acima do centro da meta do Banco Central de 3%, com a projeção para este ano se aproximando do teto da meta de 4,5%.

A secretaria apontou para a "aceleração significativa" nos preços de carnes, de leite e derivados e do café e para o aumento nas tarifas de energia elétrica, que levaram o IPCA a acumular alta de 4,76% nos 12 meses até outubro, mas disse que os preços devem voltar a desacelerar até o fim do ano.

"A partir de novembro, a inflação acumulada em doze meses deve voltar a cair. Esse cenário considera bandeira verde para as tarifas de energia elétrica em dezembro e pode ser afetado pela ocorrência de novos eventos climáticos", relatou a secretário no boletim.

As projeções da SPE balizam a programação de receitas e despesas orçamentárias do governo.

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