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Governo envia ao Congresso projeto que estimula investimentos em máquinas; programa prevê R$ 3,4 bi

Projeto de lei autoriza a utilização da chamada 'depreciação acelerada', que permite à indústria abater gastos com bens de capital em impostos

30 dez 2023 - 20h45
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O governo federal encaminhou ao Congresso um projeto de lei que autoriza a utilização do instrumento da chamada "depreciação acelerada" para estimular setores econômicos a investirem em máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos. Serão destinados R$ 3,4 bilhões ao programa.

Consumo aparente de máquinas e equipamentos diminuiu 37,1% em janeiro.
Consumo aparente de máquinas e equipamentos diminuiu 37,1% em janeiro.
Foto: Arquivo/Agência Brasil / Estadão

A "depreciação acelerada" funciona como uma antecipação de receita para as empresas. Toda vez que adquire um bem de capital, a indústria pode abater seu valor nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Em condições normais, esse abatimento é gradual, feito em até 25 anos, à medida que o bem vai se depreciando.

Com a depreciação prevista no PL encaminhado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o abatimento das máquinas adquiridas em 2024 poderá ser feito em apenas duas etapas — 50% no primeiro ano, 50% no segundo. A medida valerá para as aquisições ocorridas entre 1º de janeiro e 31 de dezembro do próximo ano.

Em nota, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ressaltou que a medida não se trata de isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que as empresas têm direito.

"Ou seja, o governo deixa de arrecadar agora, mas recupera lá na frente. É medida de incentivo à modernização de nossas indústrias, de aumento da nossa competitividade. O que muda é o fluxo de caixa", afirmou.

Em nota, Alckmin afirmou que a medida não se trata de isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que as empresas têm direito
Em nota, Alckmin afirmou que a medida não se trata de isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que as empresas têm direito
Foto: Felipe Rau/ Estadão / Estadão
Estadão
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