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Governo registra déficit de R$ 22,4 bilhões em agosto, maior que o esperado

O saldo negativo está acima do projetado pela pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, mas em linha com analistas da Reuters

3 out 2024 - 09h54
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Resumo
Em agosto de 2024, o governo brasileiro registrou um déficit primário de R$ 22,4 bilhões, acima do esperado pela pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda.
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O governo registrou déficit primário de R$ 22,4 bilhões em agosto deste ano. Em termos nominais, o valor é menor ao registrado no mês anterior, quando foi observado um déficit de R$ 26,7 bilhões. Ainda assim, o resultado de agosto ficou acima do esperado pela pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava para um déficit de R$ 19,4 bilhões.

Apesar de não estar em linha com o esperado pela pesquisa do ministério, analistas da agência Reuters projetaram o mesmo saldo negativo de R$ 22,4 bilhões.

Segundo o documento apresentado pelo governo, o resultado conjunto do Tesouro Nacional e do Banco Central foi deficitário em R$ 3,5 bilhões, enquanto a Previdência Social (RGPS) apresentou um déficit primário de R$ 18,9 bilhões.

Em comparação com agosto de 2023, houve um aumento real de 6,2% (R$ 8,8 bilhões) da receita líquida e de 2,0% (R$ 3,3 bilhões) das despesas totais.

O crescimento real da receita líquida no mês de agosto de 2024 deveu-se, principalmente, ao desempenho da receita administrada pela Receita Federal do Basil. Houve um aumento de R$ 6 bilhões na arrecadação do Imposto sobre a Renda; de R$ 4,6 bilhões na arrecadação do Confis; mais R$ 745,3 milhões na arrecadação do Pis/Pasep; e aumento de R$ 2 bilhões na arrecadação do IPI.

A arrecadação da previdência social também aumentou, em R$ 4,2 bilhões, como resultado do crescimento da massa salarial.

Já em relação às despesas, comparando com agosto de 2023, o aumento de R$ 3,3 bilhões foi puxado pelo crescimento dos gastos com abono e seguro-desemprego (+R$ 4,3 bilhões), devido à diferença no calendário de pagamento do abono entre os anos de 2023 e 2024; financiamento de campanha eleitoral (+R$ 5 bilhões); e benefícios previdenciários e de prestação continuada, que, juntos, cresceram R$ 3,7 bilhões.

Para chegar ao valor de R$ 3,3 bilhões, houve a redução real de R$ 8,5 bilhões nas Despesas do Poder Executivo Sujeitas à Programação Financeira, influenciadas, principalmente, pela redução nas despesas discricionárias no valor de R$ 7,9 bilhões.

No acumulado de janeiro a agosto de 2024, o resultado do Governo Central atingiu um déficit primário de R$ 100,0 bilhões, ante déficit de R$ 105,9 bilhões no mesmo período de 2023 (em termos nominais). Esse resultado foi composto por um superávit de R$ 139,6 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e por um déficit de R$ 239,6 bilhões na Previdência Social (RGPS).

Em termos reais, no acumulado até agosto, a receita líquida registrou aumento de 8,4% (+R$ 108,6 bilhões), enquanto a despesa cresceu 7,1% (+R$ 98,7 bilhões).

Ainda com relação ao acumulado no ano, vale ressaltar, no aumento das despesas, as Sentenças Judiciais e Precatórios, cujos pagamentos cresceram em R$ 12,9 bilhões; e os Créditos Extraordinários, com aumento de R$ 11,1 bilhões, puxados quase que integralmente pelos  pagamentos de ações de enfrentamento à calamidade pública após as enchentes no Rio Grande do Sul.

Fonte: Redação Terra
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