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Governo vai fazer corte gradual de 10% em tarifas de importação, diz Guedes

10 mai 2019 - 12h10
(atualizado às 12h28)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira que o governo pretende fazer um corte gradual de 10 por cento nas tarifas de importação em uma busca da abertura da economia, em um momento em que economias como Estados Unidos elevam suas barreiras comerciais.

O ministro da Economia, Paulo Guedes
08/04/2019
REUTERS/Adriano Machado
O ministro da Economia, Paulo Guedes 08/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"A abertura da economia tem que ser exponencial, não pode ser linear senão você quebra a indústria brasileira. Vamos baixar tarifa média em 10 por cento; sendo 1 por cento no primeiro ano, o dobro no segundo, o triplo no terceiro e o quadruplo no último ano", disse ele em evento no Rio de Janeiro.

O ministro, entretanto, não deu mais detalhes sobre esse plano.

Guedes ainda destacou que o BNDES vai participar da reestruturação financeira de Estados e municípios e criticou algumas atuações do banco, afirmando que houve "pedaladas" e que agora é o momento de "despedalar".

"O plano Mansueto vai usar fortemente o apoio do BNDES", completou Guedes, dizendo que será usado mais garantias e menos empréstimos em si do banco.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou no final de abril que o Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) para Estados, de concessão de garantias da União para empréstimos feitos pelos governadores junto a bancos públicos e privados, já foi finalizado pelo Ministério da Economia e depende agora de decisão política para ser encaminhado ao Congresso Nacional.

O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse na véspera que Guedes garantiu a governadores que irá apresentar o plano até a próxima semana.

Guedes voltou a defender a reforma da Previdência, afirmando que novas reformas, segundo ele, dependem da aprovação das novas regras de aposentadorias.

"Se não tiver essa, não adianta falar em desoneração. Acabou isso acelera o resto com pacto federativo e simplificação de impostos", disse o ministro.

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