Líderes discutem saída temporária da Grécia no Euro
Parlamento grego tem até quarta para aprovar lei que garanta implementação de medidas de austeridade impostas por credores
Reunidos em Bruxelas, os 19 líderes do Eurogrupo discutiram neste domingo (12) a possibilidade de saída temporária da Grécia da zona do euro, caso Atenas não atenda as exigências para a liberação de um novo empréstimo. Ministros de Finanças e Economia da zona do euro deram um prazo até quarta-feira (15) para o Parlamento grego aprovar uma lei que garanta a implementação das medidas de austeridade propostas pelos credores internacionais.
Segundo documento apresentado no encontro, o terceiro programa de resgate econômico solicitado pelo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pode ultrapassar 86 bilhões de euros. O plano incluiria a destinação de até 25 bilhões de euros aos bancos gregos, que seguem fechados há duas semanas.
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"Não haverá acordo a qualquer preço", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel. Tsipras insistiu que é possível chegar a um consenso "se todas as partes quiserem". Já o presidente francês, François Hollande, rejeitou a possibilidade de uma saída da Grécia e disse que fará "de tudo" para manter o país na zona do euro.
As reformas econômicas exigidas pelos financiadores da dívida grega incluem aumento de impostos, reforma no sistema de aposentadoria e a transferência de bens no valor de 50 bilhões de euros a um fundo fiduciário, que serviria de garantia ao pagamento de novos créditos.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, cancelou o encontro dos 28 chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE), que estava marcado para este domingo. As discussões sobre a permanência ou não da Grécia na zona do euro ficaram a cargo do Eurogrupo.
A sugestão de um "grexit" teria partido do ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble. Segundo reportagem do jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (FAZ), Berlim sugeriu aos demais líderes europeus a saída temporária da Grécia da zona do euro por um período de cinco anos, para que o país possa reestruturar sua dívida.