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Greenpeace aponta corais em blocos operados pela Total na Foz do Rio Amazonas

16 abr 2018 - 17h18
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Cientistas a bordo de um navio do Greenpeace documentaram a existência de corais na área onde a petroleira francesa Total planeja explorar petróleo, a 120 km da costa norte do Brasil, afirmou a organização ambiental em nota nesta segunda-feira.

"A presença de rodolitos, algas calcárias que formam o habitat para peixes e outras espécies do recife, confirmam que os Corais da Amazônia se estendem para além do que era conhecido anteriormente, conforme será publicado nos próximos dias pela revista científica Frontiers in Marine Science", afirmou o Greenpeace.

"Agora que sabemos que os Corais da Amazônia se sobrepõem ao perímetro dos blocos da Total, não há outra opção para o governo brasileiro que não negar a licença da empresa para explorar petróleo na região", disse o especialista do Greenpeace em Energia Thiago Almeida, em nota.

A Total é a operadora de cinco blocos na Bacia da Foz do Rio Amazonas, adquiridos na 11ª Rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo, em 2013, em parceria com a brasileira Petrobras e a britânica BP.

No entanto, a exploração na região enfrenta forte resistência de ambientalistas, devido a presença de ecossistemas sensíveis, como corais de águas profundas, ainda pouco conhecidos na região.

A petroleira vem tentando, nos últimos anos, sem sucesso, obter licença do órgão ambiental federal Ibama para realizar perfurações exploratórias em seus blocos.

Procurada, a Total não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários sobre a publicação do Greenpeace.

No passado, a empresa havia informado que o programa inicial de exploração na bacia da Foz do Amazonas previa a perfuração de dois poços, sendo o primeiro a 28 km e o segundo a 38 km de distância da formação recifal mais próxima.

Em um evento no Rio de Janeiro mais cedo, nesta segunda-feira, o diretor-geral da Total, Maxime Rabilloud, reiterou a jornalistas o interesse da petroleira no Brasil, destacando que irá avaliar todos os leilões que possam ser realizados no país.

No entanto, o executivo evitou responder perguntas relacionadas à Foz do Rio Amazonas.

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