Greve de caminhoneiros no Brasil impacta vendas trimestrais da Coty
As vendas trimestrais da Coty ficaram abaixo das previsões pela primeira vez em seis trimestres por conta da greve dos caminhoneiros no Brasil, que interrompeu o abastecimento de varejistas em maio e junho, afirmou a multinacional francesa nesta terça-feira.
A fabricante de produtos de beleza também disse que seu vice-presidente financeiro está deixando o cargo e deu uma previsão de lucro para 2019 abaixo das expectativas de Wall Street.
A greve de caminhoneiros reduziu as vendas na unidade de beleza de consumo da Coty no momento em que os analistas esperavam crescimento. A unidade é responsável por quase metade de suas vendas totais e inclui marcas como Rimmel, Max Factor e CoverGirl.
O presidente-executivo, Camillo Pane, disse que os impactos da greve ainda seriam sentidos tanto nas vendas quanto no lucro operacional no primeiro trimestre do ano fiscal de 2019.
Excluindo itens não recorrentes, a Coty teve lucro de 0,14 dólar por ação, 1 centavo acima das expectativas. A receita líquida subiu quase 3 por cento, para 2,3 bilhões de dólares, abaixo da estimativa dos analistas de 2,32 bilhões.
A projeção de lucro para o ano todo de 0,74 a 0,78 dólar por ação ficou abaixo da estimativa média de 0,81 dólares de Wall Street. A empresa também anunciou um novo plano de redução de custos, através do qual espera economizar até 150 milhões de dólares em três anos.
No início deste mês, as fabricantes de cosméticos rivais Revlon e e.l.f. Beauty também divulgaram resultados abaixo das estimativas e reduziram previsões para o ano.