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Greve em portos dos EUA entra no 2º dia, com negociações paralisadas

2 out 2024 - 13h43
(atualizado às 15h47)
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A greve de 45 mil trabalhadores portuários que está interrompendo os embarques nos portos da Costa Leste e da Costa do Golfo dos EUA entrou no segundo dia nesta quarta-feira, sem nenhuma negociação agendada entre os dois lados, disseram fontes à Reuters.

A falta de progresso está levantando preocupações de que a paralisação pode ser prolongada. A greve da International Longshoremen's Association bloqueou o transporte de mercadorias, de alimentos a automóveis, em dezenas de portos do Maine ao Texas, o que, segundo analistas, custará bilhões de dólares por dia à economia norte-americana.

Na terça-feira, o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, pressionou os empregadores portuários dos EUA a aumentarem oferta para garantirem um acordo com os trabalhadores. Autoridades do governo, lideradas pela Secretária do Trabalho em exercício, Julie Su, têm insistido para que ambos os lados voltem à mesa de negociações.

Os economistas afirmaram que, em um primeiro momento, a greve não aumentará os preços ao consumidor, já que as empresas aceleraram os embarques de mercadorias importantes nos últimos meses. No entanto, uma paralisação prolongada acabará se impactando, sendo que os preços dos alimentos provavelmente reagirão primeiro, de acordo com os economistas do Morgan Stanley.

Lars Jensen, chefe da consultoria de transporte Vespucci Maritime, disse que o fracasso nas negociações entre os dois lados sinaliza que a greve pode durar mais do que apenas alguns dias.

"A menos que a USMX recue e cumpra as exigências da ILA, parece haver pouca chance de uma solução de curto prazo", disse ele.

Mais de 38 navios porta-contêineres estavam em portos dos EUA na terça-feira, em comparação com apenas três no domingo antes da greve, de acordo com a Everstream Analytics.

A ILA, que representa 45 mil trabalhadores portuários, iniciou greve na terça-feira após o fracasso das negociações com a United States Maritime Alliance (USMX) para um novo contrato de seis anos. O sindicato está buscando um aumento salarial de 5 dólares por hora a cada ano ao longo de seis anos.

O líder da entidade sindical, Harold Daggett, também está buscando o fim dos projetos de automação que, segundo ele, ameaçam os empregos dos trabalhadores.

"Estamos preparados para lutar pelo tempo que for necessário, para permanecer em greve pelo tempo que for preciso, para obtermos os salários e as proteções contra a automação que nossos membros da ILA merecem", disse Daggett na terça-feira. O governo Biden quer que a USMX ofereça um acordo mais vantajoso para os trabalhadores portuários.

"Os transportadores marítimos estrangeiros obtiveram lucros recordes desde a pandemia, quando os estivadores se colocaram em risco para manterem os portos abertos. É hora de esses transportadores marítimos oferecerem um contrato forte e justo que reflita a contribuição dos trabalhadores da ILA para nossa economia e para seus lucros recordes", disse Biden em um post na rede social  X na noite de terça-feira.

A paralisação poderia custar à economia norte-americana cerca de 5 bilhões de dólares por dia, estimam  analistas do JP Morgan.

PLANOS ALTERNATIVOS

Os varejistas que respondem por cerca de metade de todo o volume de transporte de contêineres disseram que têm implementado planos para minimizar o efeito da greve antes da temporada de compras de fim de ano.

Nesta quarta-feira, a Federação Nacional do Varejo dos EUA, juntamente com outras 272 associações comerciais, pediu ao governo Biden para usar sua autoridade federal para interromper a greve, dizendo que a paralisação pode ter "consequências devastadoras" para a economia.

Os republicanos também pediram a Biden que encerre a greve, alertando sobre seu efeito na economia. O presidente, um democrata, tem dito repetidamente que não fará isso.

A greve, a primeira grande paralisação da ILA desde 1977, afeta 36 portos - incluindo Nova York, Baltimore e Houston - que movimentam uma série de mercadorias em contêineres, desde bananas a roupas e carros.

"Quanto mais tempo a greve durar e quanto mais tempo o governo dos EUA demorar para intervir, maiores serão os danos à economia e mais tempo levará para que as cadeias de suprimentos marítimas se recuperem", disse Peter Sand, analista-chefe da empresa de dados de transporte Xeneta.

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