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Greve geral: colégios particulares de SP vão parar nesta sexta-feira

Os professores das redes municipal e estadual de São Paulo também estão mobilizados para paralisar as atividades

12 jun 2019 - 14h40
(atualizado às 18h31)
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Ao menos 33 colégios particulares de São Paulo vão ter as atividades suspensas ou interrompidas parcialmente nesta sexta-feira, 14, em razão da greve geral no País contra a reforma da Previdência. Em assembleia, professores e estudantes de várias unidades aprovaram a paralisação. A greve geral também deve afetar o transporte público de SP.

Segundo o Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro-SP), entre os colégios que já aprovaram a greve estão o Equipe, Oswald de Andrade, Notre Dame, Escola da Vila, São Domingos, Vera Cruz e Santa Cruz. Em alguns deles, as atividades só serão suspensas em um período ou para alguma etapa de ensino.

O Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, zona oeste da capital, diz que os professores decidiram participar da greve, aderindo de forma parcial. Por isso, as aulas estão mantidas.

Já no colégio Equipe, em Higienópolis, no centro da capital, a direção enviou aos pais uma carta nesta terça-feira, 11, comunicando a adesão dos professores e funcionários e a suspensão das aulas nesta sexta. A reposição do dia letivo já foi marcada para o dia 29 de julho.

"Entendemos que o papel social desta escola ultrapassa os muros da nossa instituição, assim, nos vemos mobilizados a defender a educação em contextos mais amplos, de forma política, democrática e suprapartidária", diz carta enviada pelos professores.

Dentre os pontos que discordam da proposta da reforma previdenciária enviada ao Congresso, está o fato de que os professores deixarão de ter reconhecida uma aposentadoria especial.

A escola de educação infantil Jacarandá, no Pacaembu, decidiu pela suspensão das aulas sob a justificativa de que a greve de várias categorias, como bancários e trabalhadores dos transportes públicos, "compromete as possibilidades de deslocamento na cidade e a segurança de todos".

Luiz Barbagli, presidente do Sindicato, disse que mais escolas devem paralisar as atividades. "Muitos professores ainda estão fazendo assembleia e se organizando para enviar cartas aos pais e à direção dos colégios para informar a decisão. Parar as atividades em escola particular nunca é fácil, mas entendemos que é necessário diante dessa situação".

Além de protestar contra a proposta da reforma da Previdência, os professores também incluíram na pauta críticas à política de educação do governo Jair Bolsonaro, como o bloqueio orçamentário, corte nas bolsas de pós-graduação e ataques às universidades federais.

O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieeesp), porém, repudiou a paralisação dos professores da rede particular e destacou que apoia a reforma da Previdência. "Não somos favoráveis à referida paralisação. Assim, orientamos a todas as escolas no Estado de São Paulo, que as atividades escolares transcorram normalmente no próximo dia 14, sem o abono às eventuais faltas ocorridas", diz o sindicato em nota.

Rede pública

Os professores das redes municipal e estadual de São Paulo também estão mobilizados para paralisar as atividades das escolas públicas nesta sexta-feira.

Veja lista preliminar de escolas particulares:

A adesão à Greve Geral foi decidida em assembleia da categoria no SinproSP, dia 1º de junho.

1. Alecrim

2. Ânima

3. Arco

4. Aretê

5. Arquidiocesano

6. Arraial das Cores

7. Bakhita

8. Casa de Aprendizagens

9. Criarte

10. Equipe

11. Escola da Vila

12. Espaço Brincar

13. Fazendo Arte

14. Garcia Yago

15. Giordano Bruno

16. Gracinha

17. Hugo Sarmento

18. Invenções

19. Ítaca

20. Lycée Pasteur 21. Maria Boscovitch

22. Micael Waldorf

23. Notre Dame

24. Ofélia Fonseca

25. Oswald de Andrade

26. Politeia

27. Pré-escola Quintal do João Menino

28. Santa Cruz (parcial)

29. Santi

30. São Domingos

31. Vera Cruz

32. Viva

33. Waldorf São Francisco

Estadão
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