Greve na Argentina: protestos afetam serviços públicos e privados
Manifestação desta quarta-feira é contra uma série de medidas promovidas pelo governo do presidente Javier Milei
A Confederação Geral de Trabalhadores da Argentina (CGT) realiza nesta quarta-feira, 24, uma greve geral no centro de Buenos Aires que deve afetar durante todo o dia diversos serviços públicos e privados no País. A mobilização, contra as medidas de austeridade econômica e as reformas do novo presidente Javier Milei, está programada para durar até as 0h desta quinta-feira, 25.
A greve tem a participação da Confederação Argentina dos Trabalhadores de Transporte, que inclui, entre outros, trabalhadores do setor aéreo, o que deve afetar o serviço em todo o país. As companhias aéreas Gol e Latam anunciaram que cancelaram voos brasileiros programados para hoje com destino à Argentina.
Os trabalhadores do transporte público não aderiram à greve totalmente. O serviço só será interrompido à noite. Metrô, trens e ônibus funcionarão em Buenos Aires até às 19h. Já os transportes de carga, logística e serviços aderiram à paralisação desde as primeiras horas do dia.
O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hotelaria e Gastronomia da Argentina também aderiram à greve geral. De acordo com a imprensa local, restaurantes fecharão as portas ao longo do dia. Os bancos também paralisaram após o meio-dia.
Marcada desde dezembro, a greve em repúdio a uma série de medidas promovidas pelo presidente Milei. Entre as medidas estão o decreto presidencial com quase 500 artigos, que modifica ou revoga 366 leis dando ao Executivo poderes legislativos nas áreas econômica, fiscal e tarifária, e um pacote de reformas que ficou conhecido como "Lei Ônibus".