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Grupo Vamos compra 1.350 caminhões VW com entrega até o final do ano

17 ago 2020 - 12h58
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O Grupo Vamos anunciou nesta segunda-feira a compra de 1.350 caminhões da Volkswagen Caminhões e Ônibus, volume que corresponde a cerca 10% de sua frota atual de aluguel de veículos comerciais de 14 mil unidades, em expansão financiada com recursos em caixa após suspender IPO em meados de março.

Funcionária em linha de montagem da Volkswagen Caminhões e Ônibus
Reuters/Divulgação
Funcionária em linha de montagem da Volkswagen Caminhões e Ônibus Reuters/Divulgação
Foto: Reuters

A encomenda envolve 20 modelos, desde leves até pesados, que serão entregues até dezembro. Segundo a Vamos e a Volkswagen, trata-se do maior pedido único firme de caminhões já feito no Brasil em termos unitários.

O anúncio ocorreu depois que a transportadora Braspress acertou no início do mês a compra de 235 caminhões extra-pesados da Mercedes-Benz para atender demandas de clientes do comércio eletrônico.

"O setor alimentício não parou, comércio eletrônico acelerou, agronegócio não parou. Serviço públicos não pararam. Só nestes segmentos temos 80% da nossa frota", disse o presidente da Vamos, Gustavo Couto. "Não tivemos devolução de equipamentos, não tivemos alta em inadimplência...Embora algum cliente ou outro tenha pedido renegociação de contratos", acrescentou.

"O plano que tínhamos no início do ano não apenas estamos entregando como estamos fazendo isso um pouco antes do previsto", disse o executivo ao ser questionado sobre os impactos da pandemia de Covid-19 sobre a Vamos.

O executivo evitou dar detalhes financeiros da encomenda, mas mencionou que o valor é menor que a emissão de 500 milhões de reais em CRA realizada pela companhia mais cedo neste ano depois que os planos para o IPO foram suspensos. Questionado quando a operação poderia ser retomada, em meio à uma enxurrada de ofertas lançada no mercado nas últimas semanas, o presidente da Vamos afirmou que a empresa "não está pensando nisso agora".

Couto afirmou que, dos caminhões da encomenda feita à Volkswagen, 80% vão atender novos contratos da Vamos assinados nos últimos três meses e o restante será usado para renovação de frota da companhia, cuja idade média é de 2,5 anos. Atualmente, 40% da frota de caminhões da Vamos está locada pelo agronegócio, o outro segmento relevante é logística e transporte, com 21% de participação na frota da empresa.

PRODUÇÃO

Segundo o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes, a crise gerada pela pandemia deve seguir impulsionando o mercado de locação de caminhões no país, um mercado ainda incipiente mas que tem avançado a passos largos.

Em 2019, a empresa vendeu ao redor de 1.000 caminhões para o setor de locação e neste ano deve atingir 2.500 com o negócio acertado com a Vamos.

Cortes comentou que, além da Vamos, a montadora fechou negócios menores com empresas como Ouro Verde, Unidas e Local Trucks, embora as margens de lucro em relação à venda para clientes que não lidam com gestão de frotas sejam melhores.

"É melhor que não vender. Temos que reconhecer que vivemos em uma crise", disse Cortes, citando ainda que, embora o câmbio tenha facilitado exportações, a Covid-19 retraiu mercados externos e o repasse de custos de componentes importados é mais difícil.

O Brasil é o maior mercado para a Traton, a holding de veículos comerciais do grupo Volkswagen que integra a companhia presidida por Cortes. A fábrica da empresa em Resende (RJ) voltou a operar com boa parte dos 4.200 funcionários este mês, depois de ficar em férias entre final de março e o mês de abril.

Atualmente a fábrica está operando em 2 turnos, mas com a produção 30% abaixo dos volumes anteriores à pandemia, disse o executivo, por causa das medidas de distanciamento dos funcionários na linha de produção. Ele citou como exemplo a montagem de motor e chassis onde antes da epidemia até 9 trabalhadores atuavam em conjunto e agora a empresa espaçou esse número, ampliando o tempo de produção do veículo.

"O que estamos tentando é passar esta fase crítica sem demissões e negócios como este (da Vamos) ajudam a evitar demissões...Melhor que encolher muito e correr o risco de não surfarmos a onda quando o mercado voltar", disse Cortes.

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