Guedes diz que não sairá do governo na primeira derrota
"Se ninguém quiser o serviço vai ser um prazer ter tentado, mas não tenho um apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo", disse Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que não tem apego ao cargo, mas que também não sairá na primeira derrota, após ser questionado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado se permaneceria no posto com a reforma da Previdência economizando menos que a almejada marca de 1 trilhão de reais.
"Se o presidente apoiar as coisas que eu acho que podem resolver o Brasil, eu estarei aqui. Agora se ou presidente ou a Câmara ou ninguém quer aquilo... eu voltarei para onde eu sempre estive", afirmou.
"Estou aqui para servi-los, se ninguém quiser o serviço vai ser um prazer ter tentado, mas não tenho um apego ao cargo, desejo de ficar a qualquer custo, como também não tenho a inconsequência e irresponsabilidade de sair na primeira derrota. Não existe isso", completou.
Sobre a tramitação da reforma, o ministro disse acreditar em uma dinâmica virtuosa da democracia, pontuando ter certeza que cada um dos poderes fará seu papel.
Após a Câmara dos Deputados ter aprovado na véspera Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que engessa o Orçamento ainda mais, Guedes avaliou que, do lado negativo, a iniciativa carimba ainda mais os recursos públicos.
"O que vai acontecer com isso é que estoura o teto de gastos mais cedo", disse.
Por outro lado, ele afirmou que a PEC empodera o parlamentar eleito e que ele não pode ser contrário a essa ideia, já que acredita ser legítimo o deputado direcionar recursos para sua base.
Guedes avaliou ainda que a aprovação da PEC "foi demonstração de poder de uma Casa".