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Guedes quer reforma administrativa no Congresso em semanas

Segundo o ministro da Economia, projeto ficou "simples de aprovar", já que, por pedido de Bolsonaro, mudanças só vão atingir os novos servidores

30 jan 2020 - 10h28
(atualizado às 10h49)
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 30, em São Paulo, que quer enviar todas as reformas prometidas pelo governo neste ano. Em relação à reforma administrativa, considerada uma das prioridades, afirmou que o texto estará no Congresso Nacional "em uma ou duas semanas". O ministro participou de um evento realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP).

Ministro Paulo Guedes fala durante entrevista em Brasília 5/11/2019 REUTERS/Adriano Machado
Ministro Paulo Guedes fala durante entrevista em Brasília 5/11/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Guedes voltou a dizer que o andamento das reformas depende do trabalho do Legislativo, mas reforçou que há um clima de colaboração no Parlamento. O ministro afirmou considerar a reforma administrativa "muito simples de aprovar", uma vez que, por pedido do presidente Jair Bolsonaro, retirou do texto as mudanças para os servidores atuais, endurecendo regras apenas para quem entrar na máquina pública a partir da aprovação.

"Nossa reforma administrativa vai, mas com restrições políticas. Se não é possível politicamente aplicar a quem está hoje, coloca um filtro para os próximos", disse. Ele lembrou que as instituições políticas não querem atingir direitos dos funcionários ativos. E completou que, se a reforma não for feita rapidamente, em um ou dois anos o servidor terá de perder a estabilidade.

O ministro destacou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia - também presente no evento -, tem pressionado corretamente pelo envio da reforma administrativa do Executivo. Na quarta-feira, 29, Maia sinalizou que tem priorizado a reforma tributária e que não "tinha culpa se o governo não enviou a sua reforma administrativa".

Guedes sinalizou ainda que a reforma administrativa não foi enviada no ano passado por um receio da classe política de que as tensões na América Latina contaminassem o ambiente no Brasil.

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