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Haddad defende reforço do arcabouço fiscal e Campos Neto vê efeito positivo de medidas

Ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central estiveram lado a lado durante reunião da trilha de finanças do G20

24 out 2024 - 15h45
(atualizado às 17h01)
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Foto: Divulgação

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apresentaram nesta quinta-feira visões favoráveis à adoção de medidas que reforcem uma trajetória sustentável das contas do governo.

Lado a lado em entrevista coletiva às margens das reuniões da trilha de finanças do G20, em Washington, Campos Neto disse que o anúncio de medidas fiscais que deve ser feito pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva pode minimizar reações observadas no mercado relacionadas à preocupação com as contas públicas.

"A gente entende que vamos ter alguns anúncios no curto prazo que vão endereçar em parte essa reação do mercado em relação ao tema fiscal", disse.

"O fiscal é importante para o BC simplesmente porque ele afeta variáveis econômicas que fazem parte do nosso 'framework'... A gente às vezes fala do fiscal porque tem que explicar nossa função reação para o mercado de forma transparente."

Haddad, por sua vez, disse que se há necessidade de reforçar parâmetros para que o arcabouço fiscal se sustente, esse é o caminho que o governo trilhará. Ele afirmou que acredita no arcabouço, não sendo necessário reformular o regramento, mas mostrar que ele é crível a médio e longo prazo.

"É o fortalecimento de uma decisão que já foi tomada (ao aprovarmos o arcabouço", disse. "Não se trata de reformular, se trata de reforçar".

Pressionada a ampliar o foco em medidas de corte de despesas em meio à desconfiança de analistas sobre a capacidade do governo de honrar seus compromissos fiscais, a equipe econômica prometeu apresentar a partir de novembro propostas para controlar gastos públicos.

O tema fiscal tem sido abordado de maneira recorrente pelo BC como fator de influência na política monetária, com Campos Neto defendendo em declarações recentes que o Brasil precisará de um choque fiscal positivo se quiser conviver com juros mais baixos.

POLÍTICA MONETÁRIA

Na entrevista, o presidente da autoridade monetária também afirmou que tem visto um aumento nos prêmios de risco e nas taxas longas de juros no Brasil.

Campos Neto afirmou que algumas vezes os preços de mercado são exagerados, ponderando que o BC não trabalha unicamente com o termômetro do que está precificado nos mercados.

Após o BC elevar os juros básicos em setembro a 10,75% sem indicar quais serão os próximos passos na política de juros, Campos Neto disse que o BC segue com essa avaliação de que é importante esperar.

Ele reiterou que a autoridade monetária está focada em levar a inflação à meta de 3% e fará o necessário para atingir esse objetivo.

Nesse tema, Haddad ressaltou que o aperfeiçoamento que o governo gostaria de propor para a meta de inflação já foi feito, em acordo com o BC, estabelecendo um alvo contínuo, sem mudar o patamar de 3% ou a tolerância de 1,5 ponto percentual.

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