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Haddad diz que é impossível Congresso aprovar isenção do IR sem compensação porque houve acordo

Ministro disse que foi firmado acordo com o Parlamento para aprovar compensação à perda de receita com a ampliação da isenção do IR; governo propôs tributação da alta renda

11 abr 2025 - 18h16
(atualizado às 20h47)
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BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira que é "impossível" que o Congresso aprove a proposta que isenta de Imposto de Renda (IR) quem ganha até R$ 5 mil sem estabelecer as compensações da perda de receita com a medida. Segundo Haddad, os acordos firmados dão conta da necessidade de compensação.

"Aqui não tem risco, tem um acordo; e eu penso que até pela tradição - e aqui eu faço um elogio -, todos os acordos que eu fiz na Câmara e no Senado foram honrados", disse Haddad, em uma entrevista à BandNews FM e BandNews TV.

Como compensação, o governo propôs a criação de um imposto mínimo para a alta renda. Haddad afirmou que a medida tem grande apoio popular, com mais de 80% de aprovação, segundo ele. E acrescentou que a ideia é cobrar impostos de quem hoje não paga - os chamados "super-ricos."

"Tem 141 mil brasileiros que não pagam nem 10% de Imposto de Renda, e nós estamos criando um imposto mínimo para esses 141 mil brasileiros", disse Haddad. "Com isso, esses 'super-ricos' que ganham mais de R$ 1 milhão por ano, vão pagar a mesma contribuição que você paga, que eu pago, que uma professora paga, que um policial militar paga, que uma enfermeira paga."

Ele acrescentou, ainda, que isenções foram mantidas - como, por exemplo, para a poupança - e classificou como "assustadora" a possível judicialização contra a reforma por parte de quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano e não paga o IR.

O ministro disse que o governo vem fazendo ajustes constantes nas contas públicas, mas de forma a manter a economia crescendo e os programas sociais funcionando.

"Sempre que se fala em ajuste fiscal, quem paga é o trabalhador, e nós resolvemos mudar um pouco essa história: hoje, quem está pagando um pouco do ajuste fiscal é o andar de cima, é a cobertura, que nunca era tocada", disse Haddad.

"Essa turma tem poder de mídia, tem poder econômico e grita, mas é uma opção política que nós estamos fazendo." O ministro repetiu críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, dizendo que ele não aumentou o salário mínimo acima da inflação e manteve a tabela do IR congelada. Agora, segundo Haddad, o ajuste será feito com a contribuição desse "andar de cima", que não pagava pelos ajustes.

Estadão
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