Haddad diz que inflação deve aumentar por causa da seca, mas reafirma ser contra aumento de juros
O ministro também afirmou que o governo irá reprojetar o crescimento do PIB de 2024 para 3% ou mais
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira, 11, que a "inflação preocupa um pouquinho" por causa dos eventos climáticos. A estiagem e as queimadas devem ter efeito, sobretudo, nos preços dos alimentos e da energia elétrica, considerou o chefe da pasta.
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A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) já sofra efeitos no mês de setembro, já que a bandeira tarifária vermelha do tipo 1 foi acionada neste mês e deve impactar as contas de luz dos brasileiros. Porém, Haddad reforçou que não acredita que os juros devem subir por causa disso.
"Essa inflação vinda desse fenômeno não se resolve com juros. Juro é outra coisa, mas, enfim, o Banco Central tem um quadro técnico bastante consistente para tomar a melhor decisão e nós vamos aguardar o Copom da semana que vem", disse o ministro a jornalistas.
Haddad também comentou os resultados econômicos que foram divulgados ao longo desta semana. O IBGE divulgou que a inflação caiu 0,02% em agosto, com reduções significativas de preços em Habitação. Além disso, o ministro citou os dados de Serviços, divulgados nesta quarta, que apontou crescimento de 1,2%, maior que as expectativas de analistas.
"Nós devemos, essa semana, divulgar a reprojeção do PIB e as consequências sobre a arrecadação. Possivelmente, algo bastante consistente, 3% de crescimento, talvez, até um pouco mais, o crescimento do PIB desse ano", afirmou Haddad.