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Haddad diz que medidas de corte de gastos serão fechadas nesta quinta em reunião com Lula

Encontro será realizado às 9h30 no Palácio do Planalto; também participarão Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão)

6 nov 2024 - 20h29
(atualizado às 20h50)
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Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na noite desta quarta-feira, 6, que as medidas de corte de gastos para reequilibrar as contas públicas devem ser decididas até o final da manhã desta quinta-feira, 7, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O encontro está marcado para as 9h30 no Palácio do Planalto. De acordo com Haddad, faltam apenas dois detalhes a serem definidos com o chefe do Executivo. "Eu creio que a reunião de amanhã é uma reunião que, pelo nível de decisão que vai ter que ser tomada por ele, são coisas realmente muito singelas para decidir", disse.

Questionado se poderia apresentar o pacote após a reunião, o ministro afirmou que isso dependerá da decisão de Lula sobre como as medidas serão apresentadas para os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A pretensão inicial, segundo Haddad, era de fazer ainda o anúncio ainda nesta quarta, mas houve atraso na reunião do Palácio do Planalto para tratar da agenda ambiental.

"Tem dois detalhes de todas as medidas para a gente fechar com o presidente amanhã, e aí o procedimento em relação ao Congresso, que (Lula) tem sido muito cauteloso em relação a isso, está com uma boa relação tanto com o presidente Lira quanto com o presidente Pacheco. (Depende) Se ele vai querer que, de repente, eu e o Rui possamos antecipar para os presidentes pelo menos o formato das medidas antecipadamente", explicou.

Ele reforçou que serão apresentados uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um projeto de lei complementar.

O ministro evitou responder se os dois detalhes pendentes se referem à resistência por parte de outros ministérios. Segundo Haddad, Lula buscou seguir uma metodologia de trabalho que envolvesse todo o governo na convergência das medidas. "Todo mundo convergiu, tem dois detalhes, mas não é correto o presidente não tomar conhecimento de dois detalhes que não interferem no macro desenho", disse.

Haddad reforçou que Lula prioriza a participação de todas as partes nessas discussões, inclusive do Judiciário. "O presidente tem a maneira dele lidar com esse tipo de tema, quer a participação de todo mundo, o Judiciário tem que participar, inclusive contribuindo para que a Justiça consiga que isso aconteça o mais rápido possível, e é o que vai ser feito", disse.

Estadão
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