Haddad: vamos cortar gastos tributários no Brasil, que são favores do País para algumas empresas
Ministro da Fazenda afirmou ser viável a promessa da equipe econômica de zerar o déficit das contas primárias após a aprovação do arcabouço fiscal
SÃO PAULO E BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 18, ser viável a promessa da equipe econômica de zerar o déficit das contas primárias após a aprovação do arcabouço fiscal.
Em entrevista ao empresário Abilio Diniz, na CNN Brasil, Haddad observou que a nova regra é favorável ao resultado primário por limitar o avanço das despesas entre 30% e 50% abaixo do crescimento das receitas do governo.
Reforma tributária
Na entrevista, Haddad manifestou mais uma vez confiança na aprovação da reforma tributária, considerando que o debate sobre mudanças no modelo de recolhimento de tributos está maduro no Legislativo. "O Congresso está pronto para votar a reforma tributária", disse.
Ele reiterou a promessa de neutralidade da reforma — ou seja, não haverá nem redução nem aumento da carga de impostos —, observando que o conceito de base ampla da proposta permite a manutenção das alíquotas.
"A reforma traz empresas para a base tributária sem aumentar alíquota", disse Haddad, apontando exemplos de países que conseguiram reduzir alíquotas a partir da adoção do imposto único proposto pela reforma.
"Estou muito otimista e tenho falado com os líderes", disse, sobre a interlocução com a Câmara.