Herdeiro da Hermès alega que fortuna de R$ 73 bilhões desapareceu de sua conta
Fortuna sumiu meses após Nicolas Puech afirmar que desejava deixar sua fortuna para seu ex-jardineiro e ‘faz-tudo’, já que não tem filhos
Nicolas Puech, de 81 anos, herdeiro da icônica grife luxuosa francesa Hermès, afirmou que sua fortuna de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 73 bilhões), desapareceu. A descoberta ocorreu meses após o bilionário afirmar que desejava deixar sua fortuna para seu ex-jardineiro e ‘faz-tudo’, já que não tem filhos.
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A marca de luxo, que vende produtos para celebridades como Madonna e Nicole Kidman, existe há quase dois séculos e fatura € 11,6 bilhões (R$ 61,3 bilhões) anualmente e vale € 202 bilhões (R$ 1 trilhão) na bolsa de valores.
De acordo com New York Post, Puech foi informado por um tribunal suíço em 12 de julho que seu gestor de patrimônio, Eric Freymond, não pode ser responsabilizado pelo desaparecimento da fortuna depois de ser encarregado de controlar a fortuna.
A decisão foi dada após os advogados do herdeiro da marca alegarem que seu cliente não possuía cerca de US$ 6 milhões de ações da Hermès, que constituíam a maior parte de sua riqueza. O tribunal ainda não encontrou nenhuma evidência de que seu consultor financeiro administrou mal qualquer parte do dinheiro e disse que a chamada ‘ovelha negra’ da família não foi vítima de "fraude gigantesca" ao longo de 24 anos — no quais pelo menos algumas das ações foram vendidas.
O tribunal suíço decidiu que a "confiança cega" de Puech em Freymond, que tinha controle total de sua conta bancária, não indica que o gestor de patrimônio enganou seu cliente, de acordo com a Bloomberg.
De acordo com o tribunal, Puech entregou voluntariamente a gestão de seu patrimônio a Freymond, contratado em 1998. O bilionário encerrou o controle do gestor em outubro de 2022, fazer um balanço de sua fortuna para organizar sua sucessão.
Um ano depois, o dono da marca francesa entrou com três processos contra Freymond. No primeiro, ele alega que o funcionário ocultou informações, além de não querer devolver as ações da Hermès, segundo o site. Os outros dois casos estão relacionados à gestão de sua fundação, empréstimos e demais investimentos aos quais o homem supervisionou.
A fortuna desaparecida do herdeiro da maison é somente uma das consequências da tentativa de Bernard Arnault, proprietário da Louis Vuitton, de assumir a Hermès com a ajuda de Puech, no início da década de 2010.
A tentativa de aquisição o herdeiro da grife francesa excluído da família por seu suposto envolvimento em ajudar Arnault a acumular furtivamente uma participação na empresa. Isso fez com que o dono da LV desfizesse de sua participação de 23% da empresa e o bilionário fosse afastado do conselho de supervisão da Hermès.
“Ele renunciou porque se sentiu durante vários anos sitiado por membros de sua família, que o atacaram em várias frentes, não apenas em relação à LVMH”, afirmou um porta-voz de Puech na época.
O paradeiro da fortuna ainda é um mistério. O herdeiro da grife teria possuído uma participação de 5,7% na Hermès, parte dos mais de dois terços da fabricante de luxo ainda de propriedade da família fundadora.
O jardineiro que o bilionário queria adotar é supostamente casado com uma espanhola e tem dois filhos, e teria herdado uma parte significativa da fortuna, incluindo propriedades em Marrakesh, Marrocos, e Montreux, Suíça, avaliadas em US$ 5,9 milhões.