Huawei acusa EUA de intimidação e trabalha com Google para combater restrições
A Huawei afirmou nesta terça-feira que é vítima de intimidação dos Estados Unidos e disse que está trabalhando com o Google para combater restrições comerciais impostas por Washington na semana passada, disse um executivo sênior da fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações.
O governo dos EUA alegou que impôs as restrições por causa do que chama de envolvimento da Huawei em atividades contrárias à segurança nacional ou a interesses de política externa norte-americana.
Na segunda-feira, o governo dos EUA diminuiu temporariamente as restrições para minimizar o transtorno dos clientes do grupo chinês, um movimento rejeitado pelo fundador da Huawei, que disse que a empresa de tecnologia havia se preparado para a ação dos EUA.
A Reuters informou no domingo que o Google suspendeu os negócios com a Huawei, que exigem a transferência de hardware, software e serviços técnicos, exceto aqueles disponíveis publicamente via licenciamento de código aberto, citando uma fonte familiarizada com o assunto.
"Eles (o Google) têm motivação zero para nos bloquear. Estamos trabalhando em conjunto com o Google para descobrir como a Huawei pode lidar com a situação e o impacto da decisão do Departamento de Comércio dos EUA", disse Abraham Liu, representante da Huawei para as instituições da UE.
Liu disse que a Huawei não culpa o Google pela decisão e que é cedo demais para dizer quais serão as consequências.
"A Huawei está se tornando a vítima de intimidação pela administração dos EUA. Isso não é apenas um ataque contra a Huawei. É um ataque à ordem liberal, baseada em regras", acrescentou Liu.