IBGE: petróleo puxa alta do PIB de municípios produtores
Entre os municípios com participação relativa no Produto Interno Bruto superior a 0,5%, a cidade de Campos dos Goytacazes, que fica em frente a maior região de produção petrolífera do País, foi a que mais avançou
A alta no preço do petróleo segue impulsionando a geração de riquezas da cidade de Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro. Entre os municípios com participação relativa no Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) superior a 0,5%, a cidade que fica em frente à Bacia de Campos, maior região de produção petrolífera do País, foi a que mais avançou. Em 2010, Campos tinha participação de 0,7% dentro da geração de riquezas do Brasil. Em 2011, essa proporção chegou a 0,9%, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2008 e 2009, Campos perdeu espaço no mapa econômico do País, com a queda dos preços do petróleo diante da crise econômica mundial. Em 2008, a cidade fluminense tinha participação de 1% dentro do PIB brasileiro. No ano seguinte, essa mesma participação caiu para 0,6%. Desde então, vem subindo de forma contínua.
Por outro lado, São Paulo teve a queda mais significativa, ao fechar o ano de 2011 com 11,5% de participação no PIB. Antes, em 2010, essa proporção era de 11,8%. Segundo o IBGE, essa redução se deve a resultados mais fracos, na capital paulista, dos segmentos comércio e serviços de manutenção e reparação, além dos serviços de intermediação financeira, seguros e previdência complementar.
Ainda entre as cidades com maior poder econômico, perderam espaço a fluminense Duque de Caxias (0,7% para 0,6%), a mineira Betim (0,8% para 0,7%) e a paulista Osasco (1% para 0,9%).
Se forem avaliadas as maiores perdas e ganhos de posição, destaca-se a cidade maranhense de Belágua. Em 2011, entre os 5.565 municípios brasileiros, Belágua teve a 3.849ª maior participação dentro do PIB. Um ano antes, ocupava a 4.991ª posição neste ranking. Segundo o IBGE, esse avanço ocorreu pelo aumento na produção do cultivo de mandioca, que impactou positivamente a economia local.
A também maranhense Godofredo Viana também deu um bom salto no ranking do PIB dos municípios, passando da 4.217ª posição para a 3.089ª colocação. A explicação, de acordo com o IBGE, é o incremento na extração de ouro da região.
Em sentido inverso, a paulista Monções teve a 3.377ª maior participação no PIB brasileiro em 2011. Antes, em 2010, ocupava a 1.448ª colocação. A queda significativa aconteceu pela redução na atividade do comércio da cidade, conforme explicou o IBGE.
Garruchos (RS) caiu da 1.501ª posição para o 2.695º lugar, por conta da queda da atividade de uma conversora de energia elétrica. Águas da Prata (SP) passou do 1.447º lugar para a 2.461ª posição, devido à queda da atividade da indústria de transformação local.