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Ibovespa avança e atinge maior fechamento semanal da história

20 set 2019 - 17h10
(atualizado às 17h37)
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Em mais uma sessão de alta volatilidade, o Ibovespa avançou e atingiu o maior nível de fechamento semanal da história, com papéis de bancos e da JBS sustentando a alta do índice, enquanto novos desdobramentos na guerra comercial EUA-China prejudicaram o viés positivo.

Bolsa de Valores de São Paulo 
25/07/2019
REUTERS/Amanda Perobelli
Bolsa de Valores de São Paulo 25/07/2019 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 0,46%, a 104.817,40 pontos. O volume financeiro somou 22,3 bilhões de reais. Na semana o índice teve a quarta alta consecutiva, de 1,27%.

O bom humor nos mercados internacionais no início desta sexta-feira, diante de sinais de progresso nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China, foi anulado quando a delegação asiática encurtou sua viagem a solo norte-americano, cancelando visita a áreas agrícolas do Estado de Montana.

Em Wall Street, o S&P 500 não segurou a alta e fechou em queda de 0,5%, em sessão também marcada pelo "vencimento quádruplo" - quando expiram índices futuros, opções sobre índices, opções sobre ações e contratos futuros de ações.

O descolamento do Ibovespa em relação aos índices de Wall Street ocorre principalmente com o mercado doméstico ainda absorvendo o impacto positivo da reunião do Copom na última quarta-feira, apontou Bruno Madruga, responsável pela área de renda variável da Monte Bravo Investimentos.

No cenário nacional, o governo anunciou um desbloqueio adicional de 12,459 bilhões de reais nas despesas orçamentárias, conforme relatório bimestral de receitas e despesas divulgado pelo Ministério da Economia.

Para a próxima semana, agentes do mercado devem ficar atentos à divulgação da ata da reunião do Copom na terça-feira, além do relatório trimestral de inflação, divulgado na quinta-feira.

DESTAQUES

- BRASKEM saltou 5,3%, maior alta da sessão, após notícia de que a Odebrecht está contratando a Lazard para retomar o processo de venda de sua participação na petroquímica.

- JBS ON subiu 4,25%, tendo de pano de fundo o cenário ainda positivo para a demanda externa, particularmente da China, diante dos problemas envolvendo o surto de peste suína africana. Estrategistas do Itaú BBA incluíram os papéis da empresa em seu TOP 5, enquanto analistas do Morgan Stanley reiteraram recomendação 'overweight'. No setor, MARFRIG ON avançou 4,46%.

- BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 1,6%, após forte perda na véspera, em dia de melhora para os bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN fechando em alta de 1,8% e ITAÚ UNIBANCO PN encerrando a sessão com avanço de 0,3%.

- BANCO PAN PN, que não está no Ibovespa, despencou 6,6%, após precificar na véspera sua oferta de ações a 8,25 reais por papel preferencial, pouco mais de 8% abaixo do valor de fechamento da quinta-feira. A oferta com distribuição primária e secundária movimentou 1,04 bilhão de reais.

- PETROBRAS PN perdeu 1,1%. A petrolífera deu início à fase vinculante referente à venda da totalidade das participações da empresa em quatro campos de exploração e produção terrestres na Bahia. PETROBRAS ON subiu 0,3%.

- VALE ON subiu 0,21%, apesar de nova queda nos contratos futuros do minério de ferro na China. A Polícia Federal também indiciou sete funcionários da Vale e seis da consultoria TÜV SÜD pelos crimes de falsidade ideológica e uso de documentos falsos em processo sobre o rompimento de barragem em Brumadinho (MG).

- ELETROBRAS PNB e ELETROBRAS ON recuaram 5,4% e 5,8%, respectivamente, entre os destaques negativos da sessão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou na quinta-feira que não há um clima favorável e que o governo não conta com uma base sólida para aprovar a privatização da elétrica.

- KLABIN UNIT e SUZANO ON caíram 0,8% e 3,3%, respectivamente, também perto da ponta negativa do Ibovespa.

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