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Ibovespa cai impactado por liquidez menor e foco em Petrobras e veto de Lula

24 nov 2023 - 10h13
(atualizado às 11h49)
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O Ibovespa exibia queda nesta sexta-feira, em meio a relatos de liquidez mais baixa em função de pregão reduzido em Nova York e após forte alta do índice no mês até então, enquanto investidores reagiam ao novo plano de investimentos da Petrobras e ao veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento.

Vale e Eletrobras eram os principais pesos negativos ao índice. Banco do Brasil estava na ponta oposta.

Em Wall Street, o mercado acionário volta a operar após feriado de Ação de Graças, mas em pregão reduzido, até apenas 15h (Brasília). Os principais índices abriram próximos da estabilidade.

Às 11:31 (de Brasília), o Ibovespa caía 0,65%, a 125.756,84 pontos. O volume financeiro somava cerca de 3,3 bilhões de reais. A liquidez se mostra reduzida na sessão com pregão menor nos Estados Unidos após feriado, segundo analistas.

"O fluxo internacional (para bolsa) é importante e esse fluxo ficou prejudicado ontem e hoje", afirmou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

Apesar do recuo no dia, o índice caminhava para alta de cerca de 0,8% na semana, a quinta semana consecutiva de ganhos. No mês, o Ibovespa subia mais de 11%, no que seria seu melhor desempenho desde novembro de 2020.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou integralmente o projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, conforme já publicado no Diário Oficial da União, embora a medida possa ser derrubada pelo Congresso.

O veto ocorreu em meio aos esforços de ajustes nas contas públicas lideradas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Nesta manhã, Haddad disse a jornalistas que o veto foi necessário porque a medida é inconstitucional e prometeu apresentar uma alternativa ao benefício.

Na véspera, também saíram notícias sobre negociações envolvendo a chamada MP da subvenção, que muda as regras de tributação de benefícios fiscais.

"Segue o governo no esforço de fazer passar as medidas para responder ao rombo 'encomendado' para 2024. O problema é que as revisões de déficit da Fazenda -- 177 bilhões de reais -- nos mostram que o desafio vai se tornando mais árduo", disse a Mirae Asset, em nota a clientes.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN tinha variação negativa de 0,51%, a 34,99 reais, depois de cair mais de 1%. A companhia divulgou, na noite da véspera, expectativa de investimentos de 102 bilhões de dólares entre 2024 e 2028, alta de 31% em relação ao previsto no plano quinquenal anterior, além de projetar um aumento de mais de 13% na produção de petróleo em cinco anos. Nesta sexta-feira, o petróleo Brent operava próximo à estabilidade.

- VALE ON recuava 0,39%, a 74,09 reais, o que seria a terceira queda seguida do papel, mesmo em meio à alta do minério de ferro na Ásia nesta sexta-feira. O contrato futuro da commodity mais negociado para janeiro em Dalian, na China, subiu 0,6% no pregão, a 986,5 iuanes a tonelada. Ainda assim, em novembro, a ação acumulava ganho de cerca de 10%, caminhando para ter o melhor desempenho mensal desde novembro passado.

- CASAS BAHIA ON cedia 5,17%, a 0,55 real, e MAGAZINE LUIZA ON perdia 4,61%, a 2,07 reais. De pano de fundo, a Black Friday entra em período decisivo neste final de semana, enquanto os juros futuros operavam em leve queda na sessão. No varejo de moda, LOJAS RENNER ON recuava 0,27% e GRUPO SOMA ON caía 3,52%.

- CEMIG PN perdia 1,18%, a 10,86 reais, em nova queda, com as negociações dos governos de Minas Gerais e federal em foco, diante da possibilidade de federalização de estatais mineiras. Seria a sexta queda seguida do papel. COPASA ON, que não faz parte do Ibovespa, caía 0,06%.

- ITAÚ UNIBANCO PN mostrava recuo de 0,13%, a 30,81 reais, enquanto BRADESCO PN, que anunciou troca de presidente na manhã da véspera, operava estável, a 16,14 reais. BANCO DO BRASIL ON subia 0,3%.

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