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Ibovespa fecha com declínio modesto apesar de Fed em dia cheio de balanços

3 mai 2023 - 18h15
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O Ibovespa fechou com um declínio modesto nesta quarta-feira, mesmo após o Federal Reserve sinalizar uma possível pausa no ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, enquanto o noticiário corporativo doméstico teve um efeito misto, com Carrefour Brasil desabando mais de 9% após prejuízo no primeiro trimestre.

O final do dia ainda reserva decisão do Banco Central brasileiro, com as expectativas apontando para a manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano. O foco estará no comunicado, principalmente em algum sinal sobre o início do processo de afrouxamento monetário no país.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,13 %, a 101.797,09 pontos, tendo oscilado entre a mínima de 101.433,34 pontos e a máxima de 102.331,07 pontos durante o pregão. O volume financeiro somou 20,3 bilhões de reais.

Em decisão unânime, o Fed elevou nesta quarta-feira a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 5,00% a 5,25%, no décimo aumento consecutivo desde março de 2022, confirmando as previsões do mercado, assim como sinalizou que deve pausar os aumentos.

No comunicado que acompanhou a decisão, em uma mudança evidente, o banco central norte-americano não diz mais que "antecipa" que novas elevações de juros serão necessárias, apenas que observará os dados recebidos para determinar se mais aumentos "podem ser apropriados".

De acordo com o estrategista-chefe da Avenue Securities, William Castro Alves, a decisão foi "totalmente" em linha com o esperado pelo mercado. Ele também ressaltou que tão importante quanto a definição da taxa foi a indicação no comunicado sobre a dinâmica dos juros nos EUA à frente.

"Indicou possibilidade de pausa no ciclo de aperto monetário", afirmou

Declarações do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, porém, fizeram investidores se questionarem sobre o próximo movimento do banco central dos EUA.

Em uma coletiva de imprensa, ele disse que o Fed ainda vê a inflação como muito elevada e que as altas pressões de preços continuam a ser motivo de preocupação para o banco central. E afirmou que é muito cedo para dizer que o ciclo de aumento dos custos de empréstimos acabou.

"Estamos preparados para fazer mais" com incrementos de juros, se necessário, e as autoridades não decidiram na reunião pausar os aumentos na reunião de junho, e o que acontece a seguir com os custos de empréstimos é uma decisão que as autoridades tomarão em uma abordagem "reunião a reunião", disse.

Para o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otavio Leal, o resultado da reunião de junho ainda está em aberto e a chance de uma nova alta está diretamente ligada à evolução da crise bancária. "Por enquanto, como não parece que já chegamos ao seu fim, a chance maior é que os juros sejam mantidos em 5% a.a."

Após a decisão, os futuros das taxas de juros dos EUA mostraram amplas expectativas de nenhum aumento nas próximas duas reuniões do Fed. Em Wall Street, porém, o S&P 500 fechou em baixa de 0,7%. No Brasil, a decisão corroborou o alívio na curva de juros, o que beneficiou alguns papéis na B3.

Ainda nesta quarta-feira, o final do dia reserva decisão do Banco Central brasileiro, com as expectativas apontando para a manutenção da Selic em 13,75% ao ano. O foco estará no comunicado, principalmente algum sinal sobre o início do processo de afrouxamento monetário.

DESTAQUES

- CARREFOUR BRASIL ON caiu 9,39%, a 9,46 reais, renovando mínimas desde que estreou na bolsa paulista em 2017, na esteira de prejuízo líquido de 113 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, com analistas enxergando um curto prazo ainda desafiador, por razões macroeconômicas, mas também efeitos envolvendo a integração da operação do BIG.

- KLABIN UNIT avançou 3,75%, a 19,9 reais, após reportar lucro líquido de 1,26 bilhão de reais no primeiro trimestre, alta de 44% sobre o desempenho de um ano antes, apesar de queda no volume vendido do período. O Ebitda ajustado foi de 1,94 bilhão de reais, expansão anual de 13%, acima das expectativas de analistas.

- AREZZO ON recuou 5,52%, a 60,4 reais, seguindo a divulgação do desempenho do primeiro trimestre, com lucro líquido recorrente de 73 milhões de reais, alta de 27% ano a ano, mas compressão de margens líquida e Ebitda. A companhia também anunciou programa de recompra de até cerca de 6,23 milhões de ações.

- GERDAU PN fechou em alta de 1,15%, a 24,71 reais, após divulgar lucro líquido de 3,2 bilhões de reais no primeiro trimestre, alta de 9,4% sobre o desempenho de um ano antes e maior do que o esperado por analistas. A empresa anunciou ainda pagamento de 892 milhões de reais em dividendos e que prepara novo investimento de 5 bilhões de reais em Minas Gerais.

- LOJAS RENNER ON perdeu 2,35%, a 14,57 reais, antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre, previsto para após o fechamento nesta quarta-feira. Analistas do JPMorgan cortaram a recomendação dos papéis para "neutra" e reduziram o preço-alvo de 25 para 16,50 reais.

- RD ON cedeu 1,58%, a 26,18 reais, abandonando o sinal positivo apurado mais cedo. A rede de farmácias registrou um lucro líquido ajustado de 204 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano, alta de 40,4% ante mesmo período de 2022 diante de avanço das receitas. A receita bruta da RD de janeiro ao fim de março foi de 8,48 bilhões de reais, aumento de 21,6% ano a ano.

- BRASKEM PNA subiu 1,97%, a 19,18 reais, após divulgar dados operacionais do primeiro trimestre, entre eles taxa média de utilização das centrais petroquímica no Brasil de 77%, queda de 9 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022, mas elevação de 5 pontos percentuais ante o quarto trimestre do ano passado.

- VALE ON perdeu 0,78%, a 69 reais, pesando no Ibovespa. As negociações da mineradora ocorriam sem o referencial da Dalian Commodity Exchange e da Shanghai Futures Exchange, fechadas de 1 a 3 de maio para o feriado do Dia do Trabalho.

- PETROBRAS PN fechou com declínio de 0,35%, a 22,66 reais, em mais um dia de queda do petróleo no exterior, com o Brent terminando em baixa de 4%, a 72,33 dólares o barril.

- GOL PN fechou em alta de 5,97%, a 6,92 reais, e AZUL PN ganhou 4,92%, a 11,3 reais, favorecidas pela queda do dólar ante o real e também pelo declínio dos preços do petróleo no exterior, além do alívio na curva de juros no Brasil.

- DEXCO ON valorizou-se 5,04%, a 6,04 reais, antes da divulgação do balanço nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado.

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