Ibovespa fecha em forte baixa e retorna aos 129 mil pontos; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) recuam
O Ibovespa encerrou as negociações desta quarta-feira (9) em forte baixa e atingiu o pior patamar de fechamento desde o início de agosto. O principal índice acionário da bolsa brasileira recuou 1,18% e voltou aos 129.962,06 pontos.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 129.718,95 pontos e máxima de 131.519,74 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,90 bilhões.
A forte baixa do indicador foi acelerada pelas ações atreladas às commodities, em uma semana bastante movimentada para o petróleo e o minério de ferro. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 1,01%, a R$ 37,22, enquanto Petrobras ON (PETR3) recuou 0,78%, a R$ 40,83, em linha com a variação negativa da cotação do petróleo no exterior.
Além disso, os papéis da Vale (VALE3) também fecharam no vermelho novamente, impulsionados pela perda de mais de 3,5% da cotação do minério de ferro na bolsa de Dalian, na China. As ações da mineradora recuaram 0,26%, a R$ 60,96.
"De todas as quedas observadas hoje na bolsa brasileira, destacam-se as de Cogna, Yduqs e Vivara. Se COGN3, que cai na sessão, e YDUQ3, com baixa hoje, já sofriam com os próprios resultados, com a alta dos juros e mais recentemente com a concorrência das apostas e do tigrinho, hoje sofrem ainda mais com o mau humor do mercado em um dia de aversão a risco", explica Felipe Castro, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital.
Além do cenário corporativo, os investidores repercutiram os dados de inflação de setembro, divulgados nesta manhã pelo IBGE. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de setembro, indicador oficial de inflação no país, avançou 0,44% no mês passado, após um recuo de 0,02% no mês anterior.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial chegou ao terceiro dia consecutivo de altas diante do real. A moeda norte-americana avançou 1%, negociada em R$ 5,588 na venda e R$ 5,587 na compra. Durante o dia, a divisa oscilou entre a mínima de R$ 5,533 e a máxima de R$ 5,598.
"O dólar se valoriza após o mercado ganhar confiança na economia americana após a divulgação da ata do Fed. Já os juros futuros têm alta de 2% para quase todos os vencimentos, o que reflete o pessimismo do mercado com a economia brasileira hoje e a crença de que será necessário um aumento de juros para conter a inflação", destaca o sócio da Matriz Capital.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última terça-feira (8) em queda de 0,38%, aos 131.511,73 pontos, após recuar mais de 1% no início do pregão.