Ibovespa fecha em queda de 0,5% com pressão de Vale e Ambev
O índice da Bolsa de SP recuou 0,48% a 52.474 pontos nesta terça-feira
A Vale e a Ambev foram as principais influências negativas no fechamento do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, o Ibovespa, nesta terça-feira - as duas empresas tiveram suas recomendações cortadas por bancos estrangeiros. O Ibovespa recuou 0,48% a 52.474 pontos.
O giro financeiro do pregão foi reduzido pelo segundo dia seguido, de R$ 4,9 bilhões, diante do cenário de incertezas sobre a futura equipe econômica do governo, além do feriado do Dia dos Veteranos nos Estados Unidos. As bolsas americanas funcionaram normalmente, mas o mercado de Treasuries permaneceu fechado.
As ações da Vale recuaram mais de 3% e puxaram para baixo também Bradespar, que tem participação na empresa. O ADR da mineradora teve a recomendação reduzida de "neutra" para "venda" pelo Citi, após a instituição cortar sua previsão para o preço médio anual do minério de ferro em 2015 e 2016 para US$ 65 a tonelada ante US$ 80 dólares.
"Já está se falando nos preços mais baixos do minério há algum tempo, mas o Citi disse que o preço pode chegar brevemente até a US$ 50 a tonelada - hoje está a US$ 75 -, o que preocupa", disse Álvaro Bandeira, sócio da Órama Investimentos.
O preço-alvo do ADR da Vale foi reduzido para US$ 8 US$ 12,5 pelos analistas do Citi.
O movimento da Vale também influenciou o setor siderúrgico, inclusive a ação da CSN, que teve a maior queda do Ibovespa do dia, de 4,5%, a R$ 7,48. A recomendação do papel foi reiterada em "venda" pelo Citi e o preço-alvo passou para R$ 7,50 ante R$ 8,50.
Outra influência de baixa foi a Ambev, que teve recomendação reduzida pelo JP Morgan para "neutra" ante "overweight".
Maiores altas
No sentido contrário, as ações da Oi registraram a alta mais expressiva do Ibovespa, de 4,69%. Investidores avaliaram os desdobramentos da oferta feita pela empresária angolana Isabel dos Santos pela Portugal Telecom SGPS, empresa que detém cerca de 25% de participação na operadora brasileira.
Após o Conselho de Administração da Oi afirmar que a oferta pública de aquisição (OPA) feita pela empresária é "inaceitável" por promover mudanças nos termos de sua fusão com a companhia portuguesa, o porta-voz da empresária angolana disse nesta terça-feira que ela está ponderando a alteração de algumas condições rejeitadas pelos brasileiros.
Outro destaque de alta foi a Embraer, que recuperou parte das perdas da véspera. Uma Comissão Mista do Congresso Nacional aprovou nesta terça-feira a MP 652 que oferece subsídios para o desenvolvimento da aviação regional no Brasil, após acordo entre governo federal e parlamentares acertado mais cedo.
O texto aprovado prevê subvenção para até 50% dos assentos das aeronaves até o limite de 60 lugares em rotas regionais. A companhia aérea Azul havia afirmado que uma modificação no texto poderia levá-la a adiar ou cancelar encomendas à Embraer para adquirir aviões de maior porte.
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