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Ibovespa fecha em queda de 1% com ajustes a ADRs

Notícias do exterior, como criação de vagas no setor agrícola norte-americano, também influenciaram variação de papéis

5 jun 2015 - 19h13
(atualizado às 19h35)
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A Bovespa fechou a sexta-feira (5) no vermelho, com várias ações ajustando-se ao declínio de seus ADRs em Nova York na véspera, enquanto dados fortes de emprego nos Estados Unidos e a falta de progresso na questão grega endossaram o viés negativo.

Giro financeiro foi de R$ 5,93 bilhões, abaixo da média diária do ano
Giro financeiro foi de R$ 5,93 bilhões, abaixo da média diária do ano
Foto: Nacho Doce / Reuters

O Ibovespa caiu 1,03%, a 52.973 pontos, após o feriado de Corpus Christi. O giro financeiro de R$ 5,93 bilhões ficou abaixo da média diária do ano. Na semana, o índice teve alta de 0,40%.

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O Departamento de Trabalho dos EUA informou que a criação de vagas fora do setor agrícola somou 280 mil em maio, maior alta desde dezembro, e a taxa de desemprego ficou em 5,5%.

Após os dados, os futuros de juros norte-americanos passaram a precificar alta em outubro. Antes, agentes apostavam que o banco central dos EUA agiria em dezembro ou depois.

A decisão da Grécia de adiar um pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) que venceria nesta sexta-feira, agrupando quatro pagamentos com vencimento em junho numa única parcela a ser quitada em 30 de junho, trouxe desconforto, enquanto segue o impasse nas negociações sobre a dívida.

Ações brasileiras com peso relevante no Ibovespa, como bancos e Petrobras, também sofreram com ajustes ao movimento dos ADRs (recibos de ação negociados nos EUA) na véspera, dia de feriado no Brasil.

Destaques

PETROBRAS terminou com queda de mais de 2%, após os ADRs da estatal recuarem ao redor de 3% na quinta-feira.

BRADESCO e ITAÚ UNIBANCO cederam também ao redor de 2,3%.

TELEFÔNICA BRASIL e TIM PARTICIPAÇÕES apareceram entre os destaques negativos, com perdas de 4% e 3,23%. O setor tem estado em foco com especulações sobre potenciais fusões. A OI caiu 3,1%.

USIMINAS caiu 2,58%, em dia de queda no setor siderúrgico, com operadores também citando matéria da Exame, segundo a qual a Nippon e Ternium, controladores da empresa, estariam avaliando acordo para dividir a companhia. O papel ordinário, que não está no Ibovespa, perdeu 6,86%. CSN, que detém fatia na concorrente, caiu 5,23%.

GERDAU cedeu 2,36%, após a Associação de Ferro e Aço da China (Cisa) informar que a produção média diária de aço bruto na China atingiu 1,8 bilhão de toneladas entre 11 e 20 de maio, alta de 2,2% ante os 10 dias anteriores.

VALE fechou com as preferenciais em queda de apenas 0,28%, com os preços do minério de ferro subindo para a máxima em quase quatro meses em um rali impulsionado pela queda nos estoques nos portos chineses.

FIBRIA e SUZANO PAPEL E CELULOSE avançaram 3,19% e 1,99%, em meio ao avanço do dólar ante o real após os dados dos EUA.

SANTANDER BRASIL subiu 0,95% e destoou do setor, após o Supremo Tribunal Federal (STF) negar recurso do Ministério Público sobre Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o que resultará em reversão de R$ 4,8 bilhões de provisões do banco.

PAR CORRETORA encerrou com alta de 12,73%, a R$ 13,90, em sua estreia na bolsa paulista, após o papel ser precificado acima da faixa indicada inicialmente pelos coordenadores em oferta inicial, que movimentou mais de R$ 600 milhões.

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