Ibovespa fecha em queda e volta aos 125 mil pontos; Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) recuam
O Ibovespa encerrou as negociações desta sexta-feira (2) em baixa de 1,21%, aos 125.854,09 pontos. Na semana, o principal índice acionário da bolsa brasileira acumulou uma variação negativa de 1,29%.
Durante a sessão, o índice Bovespa oscilou entre a mínima de 125.730,94 pontos e a máxima de 128.103,58 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 24,10 bilhões.
O mau humor do mercado nesta sexta-feira refletiu nos principais papéis do Ibov. As ações da Vale (VALE3) caíram 1,34%, a R$ 59,44, mesmo em meio à alta do minério de ferro no mercado chinês.
Os papéis da Petrobras também despencaram, acompanhando a variação negativa da cotação do petróleo no exterior. Petrobras PN (PETR4) caiu 3,01%, a R$ 35,73, enquanto Petrobras ON (PETR3) perdeu 3,04%, a R$ 38,64. Além da estatal, PRIO (PRIO3) e 3R (RRRP3) também fecharam o dia no vermelho.
"Quando a gente olha as quedas, temos um efeito de realização que o mercado vem trabalhando hoje. Então, em destaque nós temos Embraer. Foi uma companhia que teve uma performance acima de 9% no mês, então basicamente ela vem trabalhando numa realização, lembrando que também temos um impacto do câmbio. Empresas que têm sua receita dolarizada, exportação, acabaram sentindo", explica Christian Iarussi, especialista em mercado de capitais e sócio da The Hill Capital.
Outro papel que também teve um momento de realização de lucros é Weg (WEGE3), que recuou 5,72%, a R$ 49,82, após fortes altas nos últimos dias.
"Entre os destaques de alta, basicamente nós temos as empresas cíclicas, empresas mais sensíveis à curva de juros. Temos Magazine Luiza (MGLU3), Petz (PETZ3) e Pão de Açúcar (PCAR3) que seguem no destaque. Mas o destaque principal é para a Eztec (EZTC3) se consolidando por conta do relatório divulgado. Estamos em temporada de balanço, e a empresa apresentou um lucro líquido no segundo trimestre deste ano, de um pouco mais de 17% em relação ao período do ano passado", diz Iarussi.
Cotação do dólar hoje
O dólar comercial encerrou as negociações desta sexta-feira no vermelho, após duas sessões consecutivas de fortes altas. A moeda norte-americana recuou 0,45% ante o real, negociada em R$ 5,709 na venda e R$ 5,709 na compra.
Durante o dia, a divisa oscilou entre a máxima de R$ 5,793 e a mínima de R$ 5,698.
"Em relação ao câmbio, hoje a gente viu o dólar chegar a bater a máxima histórica na região dos R$ 5,80, mas a moeda acabou se enfraquecendo durante o dia, mais por conta dos dados americanos, o movimento que nós vimos nas bolsas lá fora, os títulos americanos, os títulos do governo também entrando em realização", explica o sócio da The Hill Capital.
Bolsas nos EUA fecham em forte baixa
Os principais índices acionários norte-americanos encerraram as negociações desta sexta-feira em forte queda, amargando ainda mais o cenário de perdas desta semana, em meio às preocupações do mercado sobre um possível cenário de recessão.
- Dow Jones: -1,57%, aos 39.735,09 pontos (-2,10% na semana);
- S&P 500: -1,84%, aos 5.346,51 pontos (-2,08% na semana);
- Nasdaq: -2,43%, aos 16.776,16 pontos (-3,37% na semana).
O pessimismo dos investidores foi reforçado pela divulgação do payroll de julho, que apontou a criação de 114 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês de julho, número que veio abaixo das expectativas. Os analistas do consenso LSEG previam a criação de 175 mil vagas.
"Acompanhamos também o presidente do Fed de Chicago dizendo que a economia americana cresce, mas está desacelerando. Com a queda de inflação e o esfriamento do mercado de trabalho, com os dados de payroll hoje, devemos cortar juros. Foram falas dele e isso acabou trazendo um certo impulso no mercado", destaca Iarussi.
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última quinta-feira (1) em baixa de 0,20%, aos 127.395,10 pontos.