Ibovespa hesita com mercado à espera de pacote fiscal; WEG recua 5%
O Ibovespa tinha variação discreta nesta quarta-feira, marcada pela alta das ações da Petrobras na esteira do avanço do petróleo no exterior, enquanto os papéis da WEG recuavam cerca de 5% após balanço trimestral.
Por volta de 11h35, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava variação positiva de 0,01%, a 130.742,28 pontos, refletindo ainda a cautela em relação ao pacote fiscal prometido pelo governo.
O volume financeiro no pregão somava 4,89 bilhões de reais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que houve convergência com a Casa Civil em torno da elaboração de medidas para controle de despesas públicas, e que elas terão "o impacto necessário para o arcabouço ser cumprido".
Ele ressaltou, contudo, que o plano passa por análise jurídica e não deu prazo para apresentação. Diante da ausência de detalhes concretos do plano, o mercado continua sem dar o benefício da dúvida ao governo.
De acordo com a equipe da Levante Inside Corp, ainda resta saber o tamanho do pacote a ser enviado e aprovado pelo Congresso Nacional.
Em Wall Street, o sinal positivo prevalecia, com o S&P 500 avançando 0,22%, enquanto os rendimentos dos títulos de 10 anos do Tesouro dos EUA marcava 4,2402%, de 4,274% na véspera.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN avançava 0,56%, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado em alta de 1,28%. No setor, PETRORECONCAVO ON subia 2,94%, BRAVA ENERGIA ON ganhava 1,88% e PRIO ON tinha alta de 1,6%.
- WEG ON recuava 4,95%, mesmo após alta de 20% no lucro líquido do terceiro trimestre, com expansão de margem Ebitda na base anual. A ação fechou na véspera uma máxima desde meados de outubro, que fora topo histórico do papel. Mesmo como recuo nesta sessão, ainda sobe cerca de 57% em 2024.
- EZTEC ON valorizava-se 3,17%, endossada pelo alívio nas taxas dos DIs em dia de queda nos rendimentos dos Treasuries, o que beneficiava o segmento imobiliário em geral, com o índice do setor subindo 1,26%. MRV&CO ON ganhava 2,87% e CYRELA ON tinha elevação de 1,46%.
- VALE ON cedia 0,37%, em dia de variações modestas dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com alta de 0,38%. Na véspera, a Fitch Ratings revisou a perspectiva do rating da mineradora de estável para positiva.
- KLABIN UNIT era negociada em alta de 1,02%, após acordo para investimento sociedades de propósito específico que terão como objetivo a exploração da atividade florestal nos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, que deve reduzir alavancagem e otimizar o retorno sobre capital investido.
- BRADESCO ON perdia 0,27% na véspera da divulgação do balanço do terceiro trimestre, antes da abertura do mercado na quinta-feira. No setor, SANTANDER BRASIL UNIT subia 2,08%, recuperando-se de perda de mais de 5% na terça-feira após o resultado, enquanto adotou um tom conservador sobre crédito.