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Ibovespa opera perto da estabilidade com influência de Vale e Petrobras

14 out 2024 - 11h14
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A bolsa paulista lutava para firmar no azul nesta segunda-feira, pressionada por queda nas ações da Petrobras, mas beneficiada por avanço nas ações da Vale, em meio a um cenário sem definição nas bolsas em Nova York, na expectativa por uma semana carregada de balanços corporativos nos Estados Unidos.

Por volta de 11h00, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, ganhava 0,04%, a 130.047,39 pontos, após encerrar a semana passada com queda. Na máxima até o momento, marcou 130.326,18 pontos. Na mínima, 129.760,97 pontos. O volume financeiro somava 3,67 bilhões de reais.

Em Wall Street, os índices acionários operavam sem uma direção clara, em dia de mercado de Treasuries fechado devido ao Dia de Colombo, com investidores aguardando uma semana cheia de balanços corporativos e dados econômicos importantes, em busca de indicações sobre a saúde da maior economia do mundo.

"Nos próximos dias, acho que o destaque principal vai ser a temporada de balanços do terceiro trimestre lá fora", afirmou a estrategista de ações Jennie Li, da XP.

A temporada de resultados nos EUA, iniciada na sexta-feira, começa a ganhar tração esta semana, com divulgações esperadas de empresas como Bank of America, Citigroup, Johnson & Johnson e Netflix.

No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda que o governo pode rever mais uma vez a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A Fazenda elevou em setembro sua projeção para o PIB do Brasil em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%.

Os comentários foram feitos durante evento promovido pelo Itaú BBA, e também contava com a participação do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Mais cedo, pesquisa Focus mostrou que analistas consultados pelo BC elevaram sua projeção para a taxa Selic no próximo ano para 11,00%, em comparação aos 10,75% da semana anterior. Para 2024, a projeção da Selic se manteve em 11,75%. A taxa está atualmente em 10,75%.

DESTAQUES

- VALE ON subia 0,39%, com avanço dos futuros do minério de ferro, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,97%, a 800,5 iuanes (113,08 dólares) a tonelada. O conselho da mineradora aprovou no final da semana passada a emissão de 6 bilhões de reais em debêntures, em três séries, com prazos de 10, 12 e 15 anos.

- PETROBRAS PN caia 0,45%, acompanhando a queda nos preços do petróleo no exterior, com o barril do Brent em queda de 1,37%, a 77,96 dólares. A estatal ainda deve reduzir seus investimentos previstos para 2025, a despeito de pedidos do governo para a companhia acelerar seus projetos, disseram fontes à Reuters. A nova projeção ainda está sendo calculada.

- BANCO DO BRASIL ON valorizava-se 0,34%, em dia majoritariamente positivo para ações de bancos do Ibovespa, com BRADESCO PN subindo 0,41%, ITAÚ UNIBANCO PN avançando 0,12% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhando 0,38%.

- ASSAÍ ON avançava 4,76%, tendo como pano de fundo acolhimento pela Receita Federal de recurso apresentado pela empresa solicitando o cancelamento de decisão que determinava o arrolamento de ativos do varejista no valor de 1,265 bilhão de reais em razão de contingências tributárias em discussão do GPA, que subia 1,83%.

- EZTEC ON subia 1,27%, depois de anunciar na sexta-feira sua prévia operacional do terceiro trimestre, com analistas do BTG Pactual definindo os dados como sólidos. "Os lucros podem continuar fracos por um tempo (será necessário um tempo para aumentar o giro de ativos), mas a Eztec está a caminho de recuperar a rentabilidade", afirmaram em relatório nesta segunda-feira. O BTG tem recomendação de "compra" para a ação da incorporadora e preço-alvo em 28 reais.

- SEQUOIA LOGÍSTICA ON, que não faz parte do Ibovespa, recuava 6,24%, após anunciar pedido de recuperação extrajudicial para reestruturar dívidas com credores não financeiros da ordem de aproximadamente 295 milhões de reais.

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