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Ibovespa pode ir a 155 mil pontos com redução do risco fiscal, diz BTG

23 set 2024 - 16h29
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Ibovespa. Foto: iStock.
Ibovespa. Foto: iStock.
Foto: Suno

Em relatório divulgado nesta segunda-feira (23), o BTG Pactual afirma que o risco fiscal brasileiro está aumentando, e que esse cenário impacta o mercado de ações e o câmbio. Segundo projeção dos analistas, a redução desses riscos poderia impulsionar o Ibovespa ao patamar dos 155 mil pontos.

O documento analisa o comportamento das taxas de juros de longo prazo nos Estados Unidos e no Brasil, destacando uma divergência entre os dois países.

Nos EUA, as taxas de 10 anos caíram de um pico de 5% em outubro de 2023 para 3,7% atualmente, enquanto as taxas reais caíram de 2,5% para 1,6%. No Brasil, ao contrário do esperado, as taxas reais de longo prazo aumentaram, elevando o prêmio (diferença entre as taxas reais de longo prazo do Brasil e dos EUA) de 3,2% em outubro de 2023 para 4,8% agora. A média desse prêmio em 2023 foi de 4,1%.

A razão apontada pelos analistas do BTG para essa divergência é o aumento da percepção de risco fiscal no Brasil. A desconfiança sobre o cumprimento das regras fiscais para 2025 tem gerado preocupações no mercado e pressiona o Ibovespa, diz a casa, especialmente com o Orçamento dependente de fontes de receita incertas e a falta de mudanças estruturais nas despesas.

Apesar disso, diz o relatório, o real tem se beneficiado da queda nas taxas de juros dos EUA e do aumento da Selic. No entanto, para que a moeda se valorize de forma mais significativa, aproximando-se da taxa de 5 reais por dólar, os analistas acreditam que o governo brasileiro precisaria reforçar seu compromisso com o teto de gastos e adotar medidas concretas para controlar o crescimento das despesas obrigatórias.

Mudanças estruturais no Orçamento de 2025, após as eleições municipais de outubro, poderiam desencadear uma resposta positiva do mercado, projeta o BTG. A casa complementa dizendo que reformas que flexibilizem o orçamento, como a desvinculação dos gastos com saúde e educação do crescimento da receita tributária, embora pouco prováveis, poderiam reduzir o diferencial das taxas de longo prazo entre Brasil e EUA.

Os analistas projetam que se o prêmio voltar à média de 2023 (4,1%), as taxas de longo prazo do Brasil poderiam cair para 5,7%. Se o diferencial retornar ao ponto mais baixo de 3,2% registrado em outubro de 2023, as taxas poderiam cair para 4,8%, o que poderia impulsionar o Ibovespa para cerca de 155 mil pontos, diz o BTG Pactual.

Suno
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