Ibovespa recua com Cielo liderando perdas; Petrobras tem volatilidade após anúncio de novo CEO
O Ibovespa recuava nesta segunda-feira, com as ações da empresa de pagamentos Cielo novamente entre as maiores quedas conforme permanecem preocupações sobre disputa de preços no setor, enquanto os papéis da Petrobras mostravam alguma volatilidade após anúncio de que Roberto Castello Branco presidirá a petrolífera no próximo governo.
Às 12:15, o principal índice de ações da bolsa paulista caía 0,96 por cento, a 87.666,08 pontos, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações, que adicionava volatilidade uma vez que o exercício tem entre as séries mais líquidas papéis com relevante peso no Ibovespa.
O volume financeiro somava 6 bilhões de reais.
A queda ocorre em meio a um cenário sem viés claro no exterior - com os futuros acionários nos Estados Unidos em queda, enquanto o petróleo oscilava ao redor da estabilidade e as bolsas na Europa não tinham uma direção única - e após o Ibovespa avançar mais de 4 por cento nos últimos dois pregões, encerrando na sexta-feira a 88,515,27 pontos.
Em nota a clientes, o Credit Suisse citou que o foco deve ser em possíveis novas indicações que devem sair para compor o novo governo.
Nesse sentido, mais cedo nesta segunda-feira a assessoria do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou que o economista Roberto Castello Branco aceitou convite da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro para comandar a Petrobras. Ele substituirá Ivan Monteiro, que chegou a ser cotado para permanecer no comando, a partir de 2019.
DESTAQUES
- PETROBRAS PN subia 0,39 por cento, revertendo a abertura mais fraca após as ações subirem 6,44 por cento nos dois pregões anteriores. Para analistas do Bradesco BBI, o processo de desalavancagem e desinvestimentos deve continuar sob a tutela de Castello Branco. PETROBRAS ON tinha variação positiva de 0,04 por cento, também abandonando o território negativo.
- CIELO perdia 4,4 por cento, tendo renovado mínima intradia desde outubro de 2012 no pior momento, quando foi negociada a 9,25 reais, em queda de mais de 5 por cento. O Credit Suisse cortou a recomendação das ações da maior empresa de meio de pagamentos do país para 'underperfom', em relatório no qual reforçou visão cautelosa com o setor.
- COSAN tinha decréscimo de 2,27 por cento, entre os maiores declínios, em meio a ajustes após subir 5,65 por cento nos dois últimos pregões, com expectativa sobre dividendo após acordo de sua subsidiária Comgás com a Petrobras sobre fornecimento de gás até 2021 e ações judiciais que versavam sobre o contrato.
- BRADESCO PN caía 1,85 por cento, entre os maiores pesos negativos do Ibovespa, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,51 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT recuava 1,58 por cento. BANCO DO BRASIL tinha variação negativa de 0,16 por cento.