Ibovespa recua pressionado por Vale; Brava dispara cerca de 7%
O Ibovespa mostrava um declínio discreto nesta sexta-feira, pressionado particularmente pela queda da Vale acompanhando os futuros do minério de ferro na China, enquanto Brava Energia avançava cerca de 7% após afirmar que negocia mandato com bancos para potencial venda de ativos.
Investidores na bolsa paulista também repercutiam uma agenda macro carregada no país, incluindo dados mostrando desaceleração mais forte do que se esperava no IPCA-15 de dezembro e uma criação menor do que o previsto de empregos formais em novembro.
Por volta de 11h10, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, cedia 0,21%, a 120.827,56 pontos, tendo marcado 120.670,93 pontos na mínima e 121.609,4 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro no penúltimo pregão do ano somava apenas 2 bilhões de reais.
DESTAQUES
- VALE ON cedia 0,85%, contaminada pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações diurnas em baixa de 2,63%, a 759,5 iuanes (104,05 dólares) a tonelada métrica, o menor valor desde 19 de novembro.
- BRAVA ENERGIA ON avançava 6,67% após divulgar que está negociando mandato com dois bancos para assessorar na avaliação de potenciais transações de parceria ou venda de ativos. Segundo a empresa, um destes bancos apresentou teaser sobre os ativos onshore da companhia a potenciais interessados e agendou para o dia 9 de janeiro de 2025 a data de recebimento de propostas. A Brava disse que "não há neste momento qualquer acordo para vender ativos" além dos já anunciados pela empresa.
- MARFRIG ON recuava 4,22%, tendo no radar a notícia de que a China iniciará uma investigação sobre as importações de carne bovina, que em 2023 somaram 14,2 bilhões de dólares em 2023, com o Brasil respondendo por 42% do total. JBS ON cedia 0,83%, enquanto MINERVA ON caía 2,49%. A Abiec, que representa companhias do setor, reconheceu nesta sexta-feira o "papel estratégico da China" para a indústria brasileira e disse que pode cooperar no processo.
- EMBRAER ON valorizava-se 0,52%, após a empresa afirmar que assinou nesta sexta-feira um contrato para a venda de duas aeronaves multimissão C-390 Millennium, sem revelar o nome do cliente tampouco o valor do negócio. De acordo com analistas do Bradesco BBI, com base no preço unitário médio dos últimos pedidos, este novo pedido pode adicionar 450 milhões de dólares à carteira de pedidos da Embraer e mostra que a demanda pela aeronave C-390 está aumentando.
- IRB(Re) ON caía 1,47%, corrigindo parte da alta da véspera, quando disparou mais de 11%, embalado por relatório de analistas do BTG Pactual citando a ação como uma das suas melhores apostas para o próximo ano.
- PETROBRAS PN subia 0,14%, apoiada pela alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent mostrava elevação de 1,06%, a 74,04 dólares.
- ITAÚ UNIBANCO PN tinha decréscimo de 0,26%, tendo como pano de fundo dados de crédito no país divulgados pelo Banco Central mostrando que o volume de novas concessões de empréstimos no Brasil recuou 6,1% em novembro em comparação com o mês anterior. A inadimplência no segmento de recursos livres cedeu a 4,3%. BRADESCO PN cedia 0,09%, mas BANCO DO BRASIL ON valorizava-se 0,29% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhava 0,13%.