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Ibovespa renova recorde na expectativa da Previdência

A proposta de emenda à comissão da reforma, para ser aprovada em plenário, tem de ter pelo menos 308 dos 513 votos em dois turnos de votação

24 jun 2019 - 17h36
(atualizado às 17h58)
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A bolsa paulista fechou com leve alta nesta segunda-feira, com o Ibovespa renovando máxima intradia pela manhã e fechando em nível recorde, em dia de poucas notícias influenciando a tendência do mercado, que segue na expectativa pela votação do texto da reforma da Previdência no Congresso.

O Ibovespa fechou em alta de 0,05%, a 102.062,33 pontos, depois de já ter batido recorde de encerramento na sexta-feira, em meio à generalizada expectativa de cortes de juros no Brasil e no exterior nos próximos meses. O volume financeiro na sessão somou 12,49 bilhões de reais. Mais cedo, o índice atingiu os 102.602,62 pontos, recorde intradia.

Após superar os 100.500 pontos, a equipe de análise técnica do Itaú BBA avalia que o Ibovespa abriu espaço para subir e o próximo objetivo está em 105.000 pontos.

Bolsa de Valores de São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Bolsa de Valores de São Paulo 09/05/2016 REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

No cenário nacional, o mercado aguarda para esta semana a votação do texto da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, mas a ata da última reunião do Copom também deve ocupar as atenções na terça-feira.

A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), afirmou nesta segunda-feira que o governo vai trabalhar para garantir a votação da reforma na comissão esta semana e no plenário, na próxima. Joice disse ainda que não vai cravar o número de votos que o governo terá para votar a reforma, mas avaliou que, com as mudanças no parecer, deverá ter pelo menos de 10% a 15% do que se esperava.

A proposta de emenda à comissão da reforma, para ser aprovada em plenário, tem de ter pelo menos 308 dos 513 votos em dois turnos de votação.

"A expectativa é boa, o mercado espera que essa semana tenha novidades no âmbito político, principalmente na Previdência", disse o analista de mercado, Luis Gustavo Pereira, da Guide Investimentos.

As bolsas internacionais também apresentaram movimentações tímidas, no aguardo dos próximos desdobramentos da disputa comercial entre Estados Unidos e China, com o encontro do presidente norte-americano, Donald Trump, e do líder chinês, Xi Jinping, na cúpula do G20 no final de semana. Além das tensões entre EUA e Irã que devem afetar os preços do petróleo ao longo da semana. O Dow Jones fechou em ligeira alta de 0,04 por cento e o S&P 500 teve baixa de 0,17 por cento.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO PN teve baixa de 0,2%. BANCO DO BRASIL fechou em alta de 0,25%. SANTANDER BR UNIT avançou 0,42% e BRADESCO PN subiu 0,8%.

- BRASKEM subiu 1,9%, segunda maior alta do dia, em meio a expectativas relacionadas ao pedido de recuperação judicial pela controladora Odebrecht que não incluiu a petroquímica.

- IRB BRASIL avançou 1,6% e BB SEGURIDADE desvalorizou-se 0,3%, tendo de pano de fundo relatório da XP Investimentos começando a cobertura do setor com viés positivo e recomendação de compra para ambos os papéis.

- SUZANO ON liderou as altas do dia, mantendo a tendência de alta da última sessão e fechando em alta de 2,25 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON, caíram 0,1% e 0,4%, respectivamente.

- VALE cedeu 0,08%, diante da fraqueza dos preços do minério de ferro na sessão.

- CIELO recuou 1,5%, após quatro pregões de alta, período em que acumulou valorização de mais de 10%.

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