Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Ibovespa sobe com notícias sobre Covid-19, mas fecha abaixo de 80 mil por cena local

5 mai 2020 - 17h57
(atualizado às 18h15)
Compartilhar
Exibir comentários

O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, após duas sessões consecutivas de perdas, com o segundo pregão de maio na bolsa paulista apoiado em noticiário externo mais positivo sobre tratamentos contra o Covid-19, além de alívio em medidas de confinamento em várias regiões.

Operador da corretora Necton durante sessão da bolsa de valores de São Paulo 
27/02/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Operador da corretora Necton durante sessão da bolsa de valores de São Paulo 27/02/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O salto nos preços do petróleo em meio a esperanças de uma retomada na demanda da commodity deu fôlego à Petrobras, enquanto Itaú Unibanco teve o melhor desempenho entre os bancos do índice, mesmo após forte queda no lucro do primeiro trimestre com disparada nas provisões para perdas com empréstimos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,75%, a 79.470 pontos. Na máxima da sessão, chegou a superar 81 mil pontos. O volume financeiro totalizou 19,99 bilhões de reais.

A bolsa paulista, contudo, não sustentou o ritmo e enfraqueceu no final pregão, conforme Wall Street reduziu os ganhos e veio a público depoimento do ex-ministro Sergio Moro da última semana, em que detalha pressão que teria sofrido do presidente Jair Bolsonaro para trocar o comando da superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

Para o diretor da Mirae Asset Pablo Spyer também azedou o humor reportagem da Reuters, segundo a qual o Banco Central avalia que a permissão para a compra de títulos privados em meio à crise com o coronavírus será ineficaz caso a diretoria colegiada e os servidores da autarquia não contem com proteção legal para agir, segundo fontes da equipe econômica.

"Tudo saiu meio junto, mas essa notícia é péssima para o mercado secundário de crédito privado, o que impacta diretamente as empresas listadas no mercado, uma vez que elas emitem muita dívida", afirmou.

Em relação ao ânimo verificado desde cedo, o gestor Ricardo Campos, sócio na Reach Capital, avaliou que a melhora teve respaldo em mais quedas de novos casos de Covid-19 divulgadas em alguns países europeus e em algumas áreas dos Estados Unidos, mesmo que compensadas na conta total por dados de outros locais afetados posteriormente pela pandemia.

Além disso, acrescentou, a sessão teve notícias como a das farmacêuticas Pfizer e BioNTech de que devem começar em breve testes de vacinas contra o novo coronavírus em humanos, enquanto em Israel o governo anunciou um medicamento contra o Covid-19, que pode neutralizar seu efeito.

Tal cenário favorece apostas de mais alívio nas restrições de circulação de pessoas, que interromperam uma série de atividades econômicas e devem fazer a economia global experimentar uma forte retração em 2020. Qualquer perspectiva de recuperação dependerá do fim ou redução drástica dessas medidas.

Nos EUA, a Califórnia anunciou na segunda-feira os primeiros passos para reativar a economia do Estado, dando uma luz verde para as lojas abrirem esta semana, embora com restrições. Na Europa, vários países também tem trabalhado para aliviar as medidas, incluindo a Alemanha.

"Há uma sensação crescente de que o pior para a economia global é agora, enquanto os confinamentos estão ocorrendo e os tratamentos contra o coronavírus não são comprovados... A partir daqui só melhora, conforme os confinamentos serão amenizados e tratamentos, encontrados", afirmou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa do London Capital Group.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN fechou com acréscimo de 3,22% e PETROBRAS ON valorizou-se 3,43% guiadas por forte alta dos preços do petróleo no mercado externo, onde o Brent saltou 13,86%.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 3,7%, um dia após reportar que o lucro líquido recorrente no primeiro trimestre, que exclui itens extraordinários, caiu 43,1% em relação ao ano anterior, para 3,912 bilhões de reais. O banco reservou 4,5 bilhões de reais no primeiro trimestre para possíveis perdas futuras com empréstimos e não descarta aumentar ainda mais as provisões nos próximos trimestres. A alta na ação veio após queda de quase 7% nos dois pregões anteriores.

- BRADESCO PN avançou 0,11%, perdendo o fôlego no final do pregão, enquanto BANCO DO BRASIL ON fechou em alta de 0,14%. SANTANDER BRASIL UNIT encerrou em baixa de 2,33%.

- GOL PN terminou em alta de 5,65%, em sessão de recuperação, após queda de mais de 16% nos dois últimos pregões. A companhia aérea divulgou na segunda-feira prejuízo líquido de 2,3 bilhões de reais nos três primeiros meses do ano, mas disse que tem caixa e reservas suficientes para suas operações até o final do ano, mesmo sem ter acertado até o momento um apoio financeiro de 3 bilhões de reais junto ao BNDES.

- KLABIN UNIT subiu 5,17%. Executivos da fabricante de papel e celulose afirmaram nesta terça-feira que esperam um segundo trimestre com desempenho melhor que os três primeiros meses do ano, bem como reiteraram previsão de investimento de 900 milhões de reais neste ano e estimativa de investimento de 3,8 bilhões de reais para o projeto de expansão de produção de papel no Paraná, Puma 2.

- SABESP ON avançou 4,49%, entre as maiores altas do Ibovespa. De acordo com reportagem do jornal Valor Econômico na véspera, a companhia de água e esgoto do Estado de São Paulo foi autorizada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a captar 1 bilhão de recursos no mercado financeiro para ampliar e melhorar o abastecimento de água e a coleta de esgoto.

- VALE ON fechou com variação negativa de 0,52%, não conseguindo acompanhar papéis do setor de mineração e siderurgia na Europa, na esteira da melhora do apetite a risco.

- IRB BRASIL RE recuou 6,05%. A empresa de resseguros comunicou na véspera que estava adiando a divulgação de seu resultado do primeiro trimestre para 18 de junho.

- EMBRAER ON caiu 2,85%, entre os destaques negativos do Ibovespa. A fabricante de aviões confirmou nesta terça-feira que vem avaliando possíveis financiamentos, inclusive com o BNDES, embora não exista ainda definição "neste momento" sobre um empréstimo específico. A Reuters publicou na última sexta-feira que a Embraer pode obter um crédito de 1 bilhão a 1,5 bilhão de dólares junto ao BNDES e bancos comerciais para capital de giro e financiar a exportação de aeronaves, segundo duas fontes do governo próximas às negociações.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade