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Ibovespa sobe com perspectiva sobre juro nos EUA e alcança maior sequência de altas desde 2018

11 jul 2024 - 17h11
(atualizado às 17h59)
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O Ibovespa fechou em alta nesta quinta-feira, pelo nono pregão seguido, completando a maior série de ganhos desde fevereiro de 2018, após dados de inflação nos Estados Unidos reforçarem as apostas em um corte na taxa de juros norte-americana em setembro.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,85%, a 128.293,61 pontos, marcando 128.326,23 pontos na máxima e 127.220,95 pontos na mínima. O volume financeiro somou 19,8 bilhões de reais, mais uma vez abaixo da média diária do ano, de 23,5 bilhões de reais.

A sequência de altas no Ibovespa, que representou um ganho acumulado de 3,5% no período, foi acompanhada de uma melhora do fluxo de capital externo para a bolsa paulista, com saldo no mês até o dia 9 positivo em 2,7 bilhões de reais. No ano, as vendas por estrangeiros superam as compras em 37,4 bilhões de reais.

Nesta quarta-feira, o Departamento do Trabalho dos EUA divulgou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) caiu 0,1% em junho, com o resultado em 12 meses mostrando acréscimo de 3%, enquanto economistas consultados pela Reuters previam altas de 0,1% e 3,1%, respectivamente.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, o núcleo do CPI aumentou 0,1% em junho, após subir 0,2% em maio. Nos 12 meses até junho, avançou 3,3%, de 3,4% em maio.

Na visão de economistas do Bank of America, são dados que ajudam na construção da confiança do Federal Reserve. "Depois de um início de ano preocupante, a trajetória para uma inflação de 2% está na direção certa", afirmaram em relatório enviado a clientes nesta quinta-feira.

Após os dados, as apostas no mercado passaram a precificar chance de 85% de um corte da taxa de juros dos EUA em setembro, de 70% antes da divulgação. Os contratos futuros de juros nos EUA também passaram a embutir uma possibilidade maior de um segundo corte na taxa em dezembro pelo Federal Reserve.

"No geral, o dado fraco do CPI aumenta as chances de um corte antecipado do Fed em setembro, o que levaria a dois cortes este ano", afirmaram os economistas Bernardo Dutra e Nathan Teixeira, do Itaú.

No Brasil, o noticiário destacou o crescimento de 1,2% nas vendas no varejo em maio, contra previsão no mercado de queda de 0,9%, assim como a aprovação pela Câmara dos Deputados da regulamentação da reforma tributária, incluindo a carne entre os itens na cesta básica com isenção tributária.

DESTAQUES

- TIM BRASIL ON avançou 4,1%, enquanto TELEFÔNICA BRASIL ON subiu 3,27%, mesmo após o texto que regulamenta a reforma tributária não incluir pleitos do setor. O UBS BB chamou a atenção em relatório para as recompras de ações pela Telefônica Brasil no primeiro semestre como um fator positivo, enquanto o Morgan Stanley elevou a recomendação dos papéis da empresa que opera sob a marca Vivo para "overweight".

- JBS ON avançou 3,18%, enquanto MARFRIG ON subiu 1,01% e MINERVA ON ganhou 2,4%, após a Câmara dos Deputados aprovar o projeto de lei com o eixo central da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo incluindo proteínas animais à lista de itens da cesta básica isentos de tributação. BRF ON fechou com variação positiva de apenas 0,14%.

- CARREFOUR ON subiu 3,17%, tendo como pano de fundo dados melhores do que o esperado sobre as vendas no varejo brasileiro, puxadas pelo desempenho de supermercados e itens de uso pessoal. Analistas do Bradesco BBI também publicaram relatório na noite da véspera mudando preferência relativa para Carrefour Brasil versus Assaí. ASSAÍ ON terminou com decréscimo de 0,44% e GPA ON avançou 2,48%.

- LOJAS RENNER ON fechou em alta de 3,08%, embalada pelo alívio na parte longa da curva de juros. Na véspera, analistas do Citi também haviam reiterado recomendação de "compra" para as ações da varejista de vestuário e elevado o preço-alvo de 18 para 18,60 reais, após melhora na projeção para a margem Ebitda, bem como para o lucro líquido de 2024 e 2025. O índice do setor de consumo registrou elevação de 1,4%.

- MRV&CO ON valorizou-se 2,83%, em dia positivo para o setor como um todo dado o movimento na curva de DI, mas com agentes financeiros também repercutindo prévia operacional do segundo trimestre e anúncio de programa de recompra de ações da companhia. O índice do setor imobiliário na B3 encerrou com acréscimo de 1,57%.

- ALPARGATAS PN caiu 1,48%, revertendo a alta da abertura, quando chegou a subir mais de 1%. Analistas da XP afirmaram que a dona da marca Havaianas deve apresentar outro resultado misto no segundo trimestre, com uma dinâmica melhor no Brasil, mas com a operação internacional ainda fraca e efeitos não recorrentes.

- VALE ON cedeu 0,26%, mesmo com os futuros do minério de ferro se recuperando na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 0,8%. A mineradora também assinou um acordo com a Komatsu para desenvolver e testar, em parceria com a Cummins, caminhões fora de estrada movidos a uma mistura de etanol e diesel.

- PETROBRAS PN fechou em alta de 0,68%, acompanhando o movimento do petróleo no exterior, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, encerrou o dia com acréscimo de 0,38%, a 85,40 dólares.

- ITAÚ UNIBANCO PN subiu 0,6%, com o destaque positivo no setor novamente sendo SANTANDER BRASIL UNIT, que se valorizou 3,25%, ampliando os ganhos da véspera, após anunciar na quarta-feira, após o fechamento, que seu conselho de administração aprovou a distribuição de 1,5 bilhão de reais em juros sobre capital próprio.

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