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Ibovespa sobe e retoma 131 mil pontos com política fiscal no radar

14 out 2024 - 17h08
(atualizado às 18h02)
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O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira, retomando o patamar dos 131 mil pontos perdido na semana passada, com alívio na curva de juros doméstica em meio à notícia da Reuters sobre contenção de gastos do governo.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,78%, a 131.005,25 pontos. Na máxima do dia, chegou a 131.219,61 pontos. Na mínima, foi a 129.728,80 pontos. O volume financeiro no pregão somou 19,35 bilhões de reais.

Depois de uma manhã sem grandes oscilações, o Ibovespa engatou alta pela tarde, na sequência de notícia da Reuters de que o governo prepara medidas de contenção de gastos para serem apresentadas após o segundo turno das eleições municipais, no fim deste mês, citando fontes do Ministério da Fazenda.

Analistas destacaram o tom positivo das medidas em torno de maior disciplina fiscal. "É justamente a linha de discurso que faltava para trazer mais previsibilidade para o mercado", afirmou o analista Renato Nobile, da Buena Vista Capital.

Estiveram no radar ainda declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovido pelo Itaú BBA.

Haddad disse que o governo pode rever mais uma vez a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, após a Fazenda elevar em setembro sua projeção para o PIB em 2024 a 3,2%, ante estimativa anterior de 2,5%.

Já Galípolo, em sua primeira fala pública após ter indicação à presidência do BC aprovada pelo Senado, destacou que os diretores da autarquia estão de olho nas projeções de inflação e na atividade econômica para definir os juros básicos.

No mercado de juros, a percepção mais benigna sobre o fiscal refletiu alívio na curva dos DIs, fortalecendo ações de empresas de setores cíclicos, mais sensíveis a juros, com a taxa para janeiro de 2025, de curtíssimo prazo, em 11,132% no final da tarde, ante 11,146% do ajuste anterior.

No exterior, a alta dos principais índices acionários norte-americanos selou o ambiente favorável para a bolsa paulista, com o índice de referência SPX subindo 0,77%.

Investidores aguardam uma série de balanços corporativos nos EUA esta semana, assim como dados econômicos importantes, em busca de indicações sobre a saúde da maior economia do mundo.

Na visão de Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, o comportamento benígno das bolsas norte-americanas ofereceu algum apoio ao índice acionário doméstico, mas o maior foco esteve no sinal de maior responsabilidade fiscal do governo brasileiro.

DESTAQUES

- VALE ON caiu 0,32%, na contramão do avanço dos futuros do minério de ferro, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,97%, a 800,5 iuanes (113,08 dólares) a tonelada.

- PETROBRAS PN subiu 0,24%, destoando dos preços do petróleo no exterior após pregão volátil, diante de uma série de anúncios da estatal nesta segunda-feira em entrevista coletiva, entre eles, o de que a companhia poderá antecipar operação de nova plataforma em Búzios para este ano e que avalia mudanças para distribuição de dividendos extraordinários. A empresa também deve reduzir os investimentos previstos em 21 bilhões de dólares no ano que vem, disseram fontes à Reuters. No mercado de petróleo, o barril do Brent fechou em queda de 2,29%, a 73,83 dólares, refletindo no setor, com PRIO ON em queda de 1,88% e BRAVA ENERGIA ON desvalorizando-se 0,92%.

- BANCO DO BRASIL ON valorizou-se 0,72%, BRADESCO PN subiu 1,49%, ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,64% e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 1,15%, em dia positivo para o setor bancário.

- ASSAÍ ON avançou 6,25%, tendo como pano de fundo acolhimento pela Receita Federal de recurso apresentado pela empresa solicitando o cancelamento de decisão que determinava o arrolamento de ativos do varejista no valor de 1,265 bilhão de reais em razão de contingências tributárias em discussão do GPA, que encerrou estável.

- SEQUOIA LOGÍSTICA ON, que não faz parte do Ibovespa, afundou 9,35%, após anunciar pedido de recuperação extrajudicial para reestruturar dívidas com credores não financeiros da ordem de aproximadamente 295 milhões de reais.

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