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Ibovespa tem alta discreta com apoio de ação da B3, mas fiscal ainda preocupa

16 dez 2024 - 10h57
(atualizado às 13h21)
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O Ibovespa tinha valorização modesta nesta segunda-feira, após duas quedas seguidas, com as ações da B3 entre os principais suportes positivos, mas o fôlego no pregão brasileiro permanecia frágil, uma vez que persistem preocupações com o cenário fiscal e a política monetária no país.

Por volta de 10h40, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,16%, a 124.813,69 pontos. O volume financeiro somava 1,38 bilhão de reais.

De acordo com o gerente de análises econômicas da Genial Investimentos, Yihao Lin, há pessimismo entre os investidores quanto à credibilidade das políticas fiscal e monetária.

Lin destacou que a dúvida se a nova diretoria do Banco Central, que toma posse em janeiro, irá perseguir a meta para a inflação, está no centro da queda dos preços dos ativos.

"Ao atacar as decisões do Copom, o PT e o governo apenas aumentam esta dúvida e, desta forma, confirmam a perda de credibilidade do Banco Central", avaliou.

Já a reação de governo e PT à queda dos preços dos ativos após o anúncio pacote fiscal, acrescentou Lin, sinaliza aos investidores que, apesar do projeto anunciado ter sido considerado fraco e insuficiente para estabilizar a dívida pública, nada mais forte será aprovado pelo governo.

Isso "significa para os investidores que a relação dívida/PIB vai continuem crescendo a uma taxa insustentável", afirmou, citando que tal ambiente cria uma "bola de neve".

"As decisões são consideradas insuficientes, os agentes reagem com venda dos ativos brasileiros, os preços caem, o governo reage negativamente, os investidores interpretam esta reação como indicativo de que nada mais forte será feito, e os preços dos ativos voltam a cair."

DESTAQUES

- GPA ON disparava 12,24%, no segundo dia seguido co alta expressiva, em meio a ruídos de interesse do empresário Nelson Tanure no varejista alimentar dono da bandeira Pão de Açúcar. Procurado na sexta-feira, o GPA disse que não comentaria o assunto.

- B3 ON avançava 2,35% após estimar desembolsos totais de 2,84 bilhões a 3,22 bilhões de reais em 2025 e alavancagem financeira em até 2,1 vezes o Ebitda recorrente dos últimos 12 meses. A operadora da bolsa paulista também anunciou recompra de até 380 milhões de ações.

- REDE D'OR ON subia 1,9% tendo no radar anúncio de programa de recompra de até 30 milhões de ações com prazo de 12 meses e distribuição de 450 milhões de reais em juros sobre capital próprio (JCP).

- CCR ON perdia 1,03% após a companhia fechar acordo com a Invepar para comprar uma participação de 4,73% na concessionária do VLT Carioca, além de cessão dos direitos creditórios que possui em relação à companhia, conforme fato relevante ao mercado.

- MINERVA ON avançava 5,58%, com o setor de proteínas como um todo no azul. JBS ON subia 1,85%, BRF ON valorizava-se 1,22% e MARFRIG ON ganhava 3,67%.

- VALE ON perdia 0,2%, na quinta queda seguida, apesar da alta dos futuros do minério de ferro na China, com o retorno das esperanças de flexibilização monetária na segunda maior economia do mundo superando a demanda vacilante de curto prazo. O contrato mais negociado em Dalian subiu 0,5%.

- PETROBRAS PN mostrava acréscimo de 0,16% mesmo com a queda dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent perdia 0,63%.

- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,22%, enquanto BANCO DO BRASIL ON tinha variação positiva de 0,08%, BRADESCO PN perdia 0,17% e SANTANDER BRASIL UNIT avançava 0,49%.

- ULTRA ON recuava 1,13%, após o conselho de administração do grupo de combustíveis e logística eleger o vice-presidente financeiro, Rodrigo Pizzinatto, para ocupar a presidência-executiva a partir de abril do próximo ano.

- ALPARGATAS PN caía 0,65%, com a segunda prévia do Ibovespa que passa a vigorar em 2025 mantendo as ações de fora da carteira.

- GRUPO SBF ON recuava 0,7%. Mais cedo, o grupo controlador da rede de lojas de artigos esportivos Centauro, anunciou programa de recompra de ações com duração de 18 meses.

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