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Ibovespa tem estabilidade à espera de pacote fiscal do governo

18 nov 2024 - 11h16
(atualizado às 11h17)
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O Ibovespa operava próximo da estabilidade nesta segunda-feira, em semana marcada por expectativa do mercado pela divulgação de novas medidas fiscais do governo para conter gastos e reunião de líderes do Grupo das 20 principais economias no país.

Por volta de 11h03, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, tinha variação positiva de 0,05%, a 127.800,33 pontos, em início de semana útil mais curta no Brasil, com feriado na quarta-feira. O volume financeiro no pregão somava 2,9 bilhões de reais até o momento.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote com medidas de contenção de gastos a ser anunciado pelo governo está praticamente fechado e será divulgado em breve, havendo apenas a pendência de resposta do Ministério da Defesa, conforme entrevista ao Times Brasil/CNBC divulgada na noite de domingo.

O anúncio é amplamente esperado pelo mercado. Notícias na imprensa, não confirmadas oficialmente, indicaram que o pacote fiscal do governo pode ter impacto de 70 bilhões de reais, superior ao que vinha sendo especulado anteriormente.

"Eu diria que isso é o mínimo de corte que se está trabalhando. O governo não tem ainda tanta credibilidade com o mercado financeiro, basta ver o comportamento dos ativos de risco nos últimos dias", afirmou o analista Renato Nobile, da Buena Vista, mas destacando que a medida é "notícia boa".

Ainda no cenário doméstico, analistas consultados pelo Banco Central subiram novamente a projeção para o nível da Selic no próximo ano, para 12,00%, de 11,50% na semana anterior, em meio a expectativas mais altas para o avanço da inflação, mostrou pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira.

Em paralelo, secretaria do Ministério da Fazenda elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 a 3,3%, ante estimativa anterior de 3,2%, mantendo a expectativa para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,5%.

Esta semana, a cúpula de líderes do Grupo das 20 principais economias (G20) também coloca o Brasil sob os holofotes, com o evento de dois dias reunindo chefes de Estado no Rio de Janeiro para discutir questões como comércio, mudanças climáticas e segurança internacional. O mercado espera que o pacote fiscal do governo seja anunciado após o evento.

Nos Estados Unidos, os futuros dos índices acionários não seguiam direção única, com o futuro do S&P 500 subindo e o contrato futuro do Dow Jones marcando queda.

DESTAQUES

- PETROBRAS PN valorizava-se 0,75%, com apoio do avanço do petróleo no exterior, onde o barril de Brent subia 0,84%. A estatal disse nesta segunda-feira que assinou dois acordos com a Yara para cooperação técnica e comercialização de Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), avançando na construção de potencial parceria nos segmentos de fertilizantes e produtos industriais.

- VALE ON subia 0,48%, diante do avanço nos preços dos contratos futuros de minério de ferro, com o contrato mais negociado em Dalian (DCE) encerrando as negociações do dia com alta de 1,87%, a 761 iuanes (105,08 dólares) a tonelada.

- BANCO DO BRASIL ON mostrava acréscimo de 1,38% em dia misto para o setor de bancos, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN subia 0,29%, BRADESCO PN avançava 0,67%, mas SANTANDER BRASIL UNIT caía 0,08%.

- CVC BRASIL ON caía 2,61%, em movimento de ajuste após quatro dias de alta impulsionada pela divulgação de balanço financeiro na semana passada, quando apurou lucro líquido de 14,4 milhões de reais no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de 87,5 milhões um ano antes.

- SUZANO ganhava 0,3%. De pano de fundo, a gigante de papel e celulose precificou na quinta-feira, véspera de feriado no Brasil, cerca de 165 milhões de dólares em "panda bonds" para colocação no mercado chinês a yield e cupom de 2,8% ao ano, com vencimento em novembro de 2027.

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