Ibovespa tem leve queda com ajuste de posições de olho em juros; GPA sobe 7%
O Ibovespa tinha variações modestas nesta sexta-feira, com agentes financeiros ainda ajustando posições ao cenário de taxas de juros mais elevadas no país, enquanto a agenda macroeconômica destacava dados mostrando que a atividade econômica começou o quarto trimestre melhor que o esperado.
Por volta de 11h25, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava um decréscimo de 0,06%, a 125.928,86 pontos, tendo marcado 125.772,14 pontos na mínima e 126.290,33 pontos na máxima até o momento. O volume financeiro somava 3,27 bilhões de reais.
O Ibovespa fechou em queda de 2,74% na véspera, após três altas seguidas, pressionado pela decisão do Banco Central de acelerar o ritmo de alta da Selic e sinalizar uma política monetária ainda mais restritiva, enquanto persistem preocupações com o quadro fiscal do país.
Nesta sexta-feira, o noticiário macro doméstico destacava o IBC-Br, calculado pelo Banco Central e considerado um sinalizador do PIB, que cresceu 0,1% em outubro sobre o mês anterior, em dado dessazonalizado, contra expectativa em pesquisa da Reuters de queda de 0,2%.
"A atividade econômica iniciou o quarto trimestre mantendo um ritmo aquecido, com indicadores de alta frequência, como o volume de vendas no varejo e setor de serviços, mostrando resultados acima do esperado", avaliou o economista Rafael Perez, da Suno Research, em comunicado.
"Para 2025, nossa expectativa é de uma desaceleração da atividade econômica refletindo uma combinação de uma política monetária mais restritiva, uma política fiscal mais neutra em relação a este ano e um mercado de trabalho com menos espaço para avanços", acrescentou.
DESTAQUES
- VALE ON recuava 0,62%, respondendo por um peso negativo relevante, em dia de queda dos contratos futuros de minério de ferro na China, com investidores desapontados com a falta de detalhes concretos sobre estímulos econômicos da Conferência Central de Trabalho Econômico daquele país.
- VAMOS ON caía 2,71%, mantendo a correção negativa da véspera, após alta nos três primeiros pregões da semana, sendo que na terça-feira saltou 12%. A partir de segunda-feira, começam a ser negociadas na bolsa as ações da Automob, resultado da combinação dos negócios da Automob com a Vamos Concessionárias após reorganização societária. A Vamos passa agora a se dedicar exclusivamente ao aluguel de caminhões, máquinas e equipamentos.
- HAPVIDA ON cedia 1,85%, também com ajustes após três altas seguidas, período em que se valorizou 12%.
- GPA ON avançava 7,08%, devolvendo parte das perdas com o tombo de 11% na véspera, enquanto, no setor, CARREFOUR BRASL ON mostrava estabilidade e ASSAÍ ON tinha declínio de 0,66%. O Assaí anunciou nesta sexta-feira que alcançou 300 lojas em operação no país com inauguração de uma segunda unidade em Caraguatatuba (SP), o que marca também a conclusão do plano de 66 conversões de hipermercados iniciado em 2022.
- MAGAZINE LUIZA ON valorizava-se 0,84%, também recuperando-se após desabar 9% na quinta-feira, assim como outras empresas que de varejo que sofreram na véspera. LOJAS RENNER ON subia 1,46% e PETZ ON ganhava 2,05%.
- JBS ON mostrava acréscimo de 1,89% e BRF ON ganhava 0,07%, tendo como pano de fundo relatório do JPMorgan elevando os preços-alvo de ambas as ações, bem como reiterando a recomendação "overweight" e o "positive catalyst watch" para os papéis. Para os analistas, o "momentum" positivo para os resultados das empresas deve continuar em 2025. O preço-alvo para BRF passou de 30 para 31,50 reais e o para JBS aumentou de 43 para 46 reais.
- PETROBRAS PN tinha acréscimo de 0,42%, seguindo a alta dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent era negociado com aumento de 0,45%.
- ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,31%, enquanto BRADESCO PN operava estável e BANCO DO BRASIL ON mostrava decréscimo de 0,12%. SANTANDER BRASIL UNIT subia 0,16%.