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Ibovespa tem maior alta em um mês, guiado pela Petrobras

15 ago 2014 - 18h55
(atualizado às 18h56)
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Foto: Thinkstock

O principal índice da Bovespa fechou com a maior alta em quatro semanas nesta sexta-feira, guiado pelas ações da Petrobras, que dispararam mais de 7%, em meio a especulações em torno do cenário eleitoral, no último pregão antes do vencimento dos contratos de opções sobre ações.

O noticiário corporativo, permeado por balanços, acabou ficando em segundo plano, assim como o cenário internacional.

O Ibovespa avançou 2,12%, a 56.963 pontos, na maior alta desde 18 de julho, quando havia avançado 2,47%. O giro financeiro do pregão somou R$ 6,96 bilhões.

Na semana, o índice acumulou alta de 2,5%.

Com agentes financeiros ávidos com a cena eleitoral, à espera de novidades da candidatura presidencial do PSB, após a morte de Eduardo Campos na quarta-feira, e a expectativa pela pesquisa Datafolha prevista para o início da próxima semana abriram espaço para boatos, especialmente à tarde.

Os rumores incluíam desde a confirmação da ex-senadora Marina Silva como cabeça de chapa, a nomes para sua equipe, bem como possíveis medidas em caso de vitória, além de números de pesquisa eleitoral, entre muitos outros.

"Estão atirando para todos os lados", disse o chefe da mesa de renda variável de um importante corretora em São Paulo, referindo-se às justificativas para o avanço de Petrobras na bolsa. "Na semana que vem, talvez, as coisas se acertem e as pessoas parem com tantas conjecturas."

As ações da Petrobras, que têm reagido à dinâmica eleitoral, tiveram a maior alta desde 6 de junho.

Vale citar que na segunda-feira acontece na Bovespa o vencimento dos contratos de opções sobre ações, que tem os papéis da estatal entre as séries mais líquidas.

"Não duvido nada que tenha gente puxando o papel para exercer" (a opção de compra), disse o operador de uma corretora em São Paulo, que preferiu não ser identificado.

Cena corporativa

As ações da MRV Engenharia subiram forte um dia após a empresa divulgar lucro ajustado de R$ 134 milhões no segundo trimestre, acima das expectativas.

A CPFL Energia, que reverteu prejuízo e lucrou R$ 145 milhões no período, fechou em alta de 2,8%, enquanto as da Cesp subiram 0,97%, após a empresa informar alta de 85% no lucro.

A Sabesp viu o lucro do segundo trimestre cair 16,4%, com menores receitas e maiores gastos, refletindo a escassez de água que atinge São Paulo. Ainda assim, as ações da estatal subiram.

JBS avançou, mesmo após informar queda de 25% no lucro. Em teleconferência, a maior processadora de carnes do mundo elevou a previsão de sinergias com a compra da Seara de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,5 bilhão.

Na ponta negativa, BRF liderou as perdas do Ibovespa após o presidente da empresa, Claudio Galeazzi, mostrar interesse em antecipar o processo de sucessão.

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