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Ibovespa tem variações discretas com balanços e fiscal no radar; Vale pesa

12 nov 2024 - 10h56
(atualizado às 14h20)
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O Ibovespa mostrava variações modestas nesta terça-feira, com Localiza e BTG Pactual entre os destaques positivos após os respectivos resultados trimestrais, mas Vale pressionando negativamente, assim como a ausência de novidades sobre medidas fiscais no Brasil endossava alguma cautela no pregão.

Por volta de 10h45, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, perdia 0,21%, a 127.601,36 pontos. O volume financeiro somava 2,9 bilhões de reais.

De acordo com a equipe da Ágora Investimentos, em meio ao ceticismo crescente do investidor, as discussões sobre cortes de gastos do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva seguem no radar.

Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os "detalhes" que ainda estavam em discussão na semana passada foram superados e que se reunirá com Lula nesta terça-feira para discutir como o pacote será encaminhado aos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.

Haddad não apontou uma data para o anúncio, mas afirmou acreditar que será aprovado no Congresso Nacional este ano.

Uma nova bateria de balanços corporativos está prevista nesta terça-feira, após o fechamento do mercado, incluindo os números de CSN, CSN Mineração, Hapvida, Eneva, Raízen, SLC Agrícola, CVC Brasil e IRB(Re).

Os negócios na bolsa paulista tinham também como pano de fundo desempenho misto dos futuros acionários norte-americanos e avanço nos rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.

DESTAQUES

- VALE ON cedia 1,45%, mesmo com desempenho positivo dos futuros do minério de ferro na Ásia, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE), na China, subiu 0,26%, enquanto o vencimento de referência na Bolsa de Cingapura avançava 0,33%. A Vale também fechou contratos de gás natural no mercado livre.

- PETROBRAS PN subia 0,33%, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, onde o barril de Brent, usado como referência pela estatal, tinha elevação de 0,88%.

- LOCALIZA ON saltava 4,72% após divulgar crescimento de 22% no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a mesma etapa do ano passado, para 812 milhões de reais, em resultado acima do esperado, com maior faturamento proveniente do aluguel de carros, gestão de frotas e seminovos. A margem Ebitda consolidada chegou a 72%, de 70,5% um ano antes.

- BTG PACTUAL UNIT avançava 0,36%, após reportar lucro líquido ajustado de 3,2 bilhões de reais no terceiro trimestre, crescimento de 15% sobre o mesmo período do ano passado, apoiado em maiores receitas e alavancagem operacional. O banco também aprovou programa de recompra de ações no valor de até 2 bilhões de reais.

- BANCO DO BRASIL ON mostrava decréscimo de 0,19% tendo no radar a divulgação do balanço no dia 13, após o fechamento, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN cedia 0,06%, BRADESCO PN recuava 0,22% e SANTANDER BRASIL UNIT era negociada em baixa de 0,15%.

- SÃO MARTINHO ON caía 4,07%, tendo no radar lucro líquido de 187,4 milhões de reais no segundo trimestre da safra 2024/25, 55,2% abaixo do registrado no mesmo período um ano antes. O Ebitda ajustado, por sua vez, subiu 44%, para 943,1 milhões de reais. A São Martinho também divulgou uma atualização de suas projeções para o ciclo atual.

- VAMOS ON caía 1,05%, revertendo o avanço da abertura, em meio à análise do resultado do terceiro trimestre, com lucro líquido de 175,1 milhões de reais, alta de 51% ano a ano, e Ebitda de 871 milhões de reais, elevação de 27,6%. O grupo também estimou investimento de 5 bilhões de reais em 2025 após 4,9 bilhões estimados para este ano.

- SABESP ON registrava elevação de 0,76% após lucro líquido de 6,1 bilhões de reais no terceiro trimestre, salto de 622% ante o mesmo período de 2023. Desconsiderando efeitos não recorrentes e a margem de construção, o lucro somou 1,17 bilhão de reais. A Sabesp também decidiu descontinuar as projeções de investimento para o período entre 2024 e 2028.

- ITAÚSA PN apurava perda de 0,09%. O conselho de administração da holding aprovou bonificação de acionistas na proporção de cinco novas ações para cada 100 papéis detidos pelos investidores, em um aumento de capital de 7 bilhões de reais. O anúncio ocorreu junto à divulgação de um lucro líquido recorrente de 3,9 bilhões de reais no terceiro trimestre.

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