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Ibovespa toca mínima de dois meses, mas reduz perdas e fecha quase estável

20 ago 2019 - 17h12
(atualizado às 17h33)
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O principal índice da B3 fechou esta terça-feira perto da estabilidade, após cair mais de 1% e tocar mínima de dois meses, em meio aos temores sobre o ritmo da economia global.

Funcionário trabalha durante sessão da bolsa paulista, com painel eletrônico ao fundo, na sede da B3, em São Paulo. 25/7/2019. REUTERS
Funcionário trabalha durante sessão da bolsa paulista, com painel eletrônico ao fundo, na sede da B3, em São Paulo. 25/7/2019. REUTERS
Foto: Reuters

O Ibovespa caiu 0,25%, a 99.222,25 pontos. Na mínima, chegou a 98.002,03 pontos, piso intradia desde 18 de junho. O giro financeiro da sessão somou 15,5 bilhões de reais.

Mercados internacionais seguiram atentos à possibilidade de uma recessão global, também de olho nos desdobramentos da guerra comercial entre EUA e China.

O presidente Donald Trump disse que Pequim ainda quer chegar a um acordo comercial. Também falou que seu governo gostaria de cortar impostos, mas ressalvou que não estava falando sobre fazer algo agora.

Para analistas da Levante Investimentos, o ambiente global tenso faz investidores internacionais enxergarem mais riscos em mercados emergentes, motivando uma fuga de recursos do país.

Números sobre as negociações dos estrangeiros na bolsa paulista mostram saldo negativo de 20 bilhões de reais em 2019 no mercado secundário, maior saída líquida em 23 anos. Apenas em agosto, a saída supera a entrada em 9,6 bilhões.

Segundo a Coinvalores, o mercado segue monitorando a atuação dos bancos centrais para conter os riscos relacionados à desaceleração econômica global. Esse pano de fundo com medidas no radar favorece expectativas de fluxo para emergentes.

Nesse sentido, destacou na pauta da semana atas de reuniões de política monetária dos BCs dos EUA (quarta) e da zona do euro (quinta), além do simpósio do Federal Reserve em Jackson Hole a partir de sexta, com autoridades de vários países.

"Investidores esperam sinais mais claros sobre a atuação dos BCs nos próximos meses", afirmou em nota a clientes.

DESTAQUES

- B2W saltou 3,08%, revertendo fraqueza do começo da sessão, após anúncio de aumento de capital de 2,5 bilhões de reais para melhorar a estrutura de capital para seguir investindo na plataforma digital. A controladora LOJAS AMERICANAS PN, que se comprometeu a participar da operação, perdeu 0,68%.

- VIA VAREJO subiu 4,9%, recuperando fôlego após quatro dias de baixa. MAGAZINE LUIZA perdeu 3,44%.

- B3 ON ganhou 0,57%, mantendo a tendência de alta em 2019, com avanço superior a 70%.

- BRASKEM PNA cedeu 2,59%, após divulgar na noite da véspera que tomou conhecimento de ação do Ministério Público Federal ligada a afundamento e rachaduras no solo em Maceió, que inclui pedido de tutela de urgência para apresentação de garantias no valor de 20,5 bilhões de reais, além da suspensão de financiamentos e incentivos governamentais.

- VALE subiu 0,44%, mesmo com queda dos preços do minério de ferro na China, em sessão positiva para papéis de mineração e siderurgia. CSN avançou 3,6%, USIMINAS PNA ganhou 2,97% e GERDAU PN subiu 0,41%.

- PETROBRAS PN perdeu 0,04% e PETROBRAS ON recuou 0,93%, em sessão de tendência mista nos preços do petróleo no mercado externo.

- GPA avançou 1,87%, tendo no radar elevação da oferta por suas ações detidas pela colombiana Almacenes Éxito, de 109 para 113 reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN perdeu 1,11% e BRADESCO PN cedeu 0,98%.

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