IGP-M tem quarta deflação seguida e recua 0,72% em julho
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) recuou 0,72% em julho, registrando a quarta deflação seguida, e já acumula queda de 2,65% neste ano, informou nesta sexta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV), em mais um dado que reforça o caminho para o Banco Central continuar cortando a taxa básica de juros.
A deflação de julho foi um pouco mais intensa do que previam os analistas consultados pela Reuters. A estimativa era de queda de 0,65%. Em junho, o IGP-M havia recuado 0,67%. Em 12 meses, o índice aumula queda de 1,66%.
O resultado de julho foi influenciado sobretudo pelo avanço mais brando do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Neste mês, o índice desacelerou a alta a 0,22%, ante 1,36% em junho, pelo alívio no custo da mão de obra.
O item que apura o custo da mão da mão de obra subiu 0,37% em julho, bem abaixo dos 2,48% observados no mês anterior. Em 12 meses, INCC já subiu de 6,47%.
Os dados deste mês também mostram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,16% em julho, ante recuo de 1,22% em junho. Em 12 meses, o IPA recuou 4,33%.
Já a pressão para o consumidor aumentou. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,04% no período, ante queda de 0,08% em junho. Nos 12 meses até julho, o IPC subiu 3,23%.
A principal contribuição para o avanço veio do grupo habitação, que saiu de uma deflação de 0,02% para uma alta de 0,46%.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel de imóveis.