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Impactos econômicos em adultos podem ser causados por exposição à poluição na infância

O estudo é pioneiro ao investigar a relação entre exposição ao PM2,5 e oportunidades econômicas, utilizando dados detalhados de setores censitários e técnicas avançadas para ajustar fatores socioeconômicos e demográficos

11 set 2024 - 23h47
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Recentemente, um estudo revelou que pessoas expostas a altos níveis de poluição atmosférica por partículas finas (PM2,5) na infância sofrem impactos e apresentaram menores ganhos econômicos na idade adulta. Esses resultados foram publicados na revista científica The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Os autores do estudo, incluindo Luca Merlo, pesquisador da Universidade Europeia de Roma, enfatizam a urgência de estabelecer padrões rigorosos de qualidade do ar a nível nacional
Os autores do estudo, incluindo Luca Merlo, pesquisador da Universidade Europeia de Roma, enfatizam a urgência de estabelecer padrões rigorosos de qualidade do ar a nível nacional
Foto: depositphotos.com / VitalikRadko / Perfil Brasil

O trabalho foi conduzido por pesquisadores da Harvard TH Chan School of Public Health, Harvard John A. Paulson School of Engineering and Applied Sciences, e European University of Rome.

O estudo é pioneiro ao investigar a relação entre exposição ao PM2,5 e oportunidades econômicas, utilizando dados detalhados de setores censitários e técnicas avançadas para ajustar fatores socioeconômicos e demográficos. Analisando dados de 86% dos setores censitários dos EUA, os pesquisadores focaram em pessoas nascidas entre 1978 e 1983, observando seus ganhos econômicos em 2014 e 2015, quando tinham entre 31 e 37 anos.

Para medir a mobilidade econômica, os cientistas usaram uma estatística chamada mobilidade ascendente absoluta (AUM), que é a classificação média de renda na idade adulta de crianças nascidas em famílias no 25º percentil da distribuição de renda nacional. Os resultados mostraram que quanto maior a exposição ao PM2,5 na infância, menores os ganhos econômicos na vida adulta.

Um aumento de um micrograma por metro cúbico (μg/m3) de PM2,5 em 1982 foi associado a uma redução de 1,146% na AUM em 2015. O estudo também revelou que os impactos foram desproporcionais em regiões específicas, como o Centro-Oeste e o Sul dos Estados Unidos.

Regiões mais afetadas pela poluição

Os dados indicam que a poluição do ar teve um impacto mais severo em determinadas regiões do país, especialmente no Centro-Oeste e no Sul. Nessas áreas, a correlação entre exposição ao PM2,5 e menores ganhos econômicos foi mais acentuada. Segundo os pesquisadores, isso destaca a necessidade de abordagens regionais específicas para mitigar a poluição e solucionar desigualdades econômicas locais.

Recomendações para melhorar a qualidade do ar

Os autores do estudo, incluindo Luca Merlo, pesquisador da Universidade Europeia de Roma, enfatizam a urgência de estabelecer padrões rigorosos de qualidade do ar a nível nacional. Além disso, recomendam intervenções locais para atenuar a poluição e políticas integradas que abordem tanto questões ambientais quanto econômicas.

Algumas recomendações importantes incluem:

  • Implementação de regulamentos mais rigorosos para controlar as emissões de poluentes.
  • Adaptação de intervenções locais para atender às necessidades específicas de cada região.
  • Promoção de políticas que abordem desigualdades socioeconômicas e ambientais.

Como a poluição afeta o futuro econômico das crianças?

A pesquisa mostrou que a exposição à poluição durante a infância pode comprometer gravemente o futuro econômico dos indivíduos. Crianças que crescem em áreas altamente poluídas têm menos chances de alcançar uma mobilidade econômica significativa. Isso não só afeta o desenvolvimento individual, mas também perpetua um ciclo de pobreza e desigualdade.

Medidas adicionais sugeridas incluem:

  1. Monitoramento contínuo da qualidade do ar.
  2. Educação e conscientização sobre os efeitos da poluição.
  3. Investimento em tecnologias mais limpas e sustentabilidade.
Perfil Brasil
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