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Haddad: "Aumentar isenção do Imposto de Renda para R$ 4 mil em 2025 é possível"

Ministro disse também que recuou no imposto de importação sobre varejistas asiáticas porque a Shein 'também recuou'

5 mai 2023 - 12h14
(atualizado às 13h23)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que mudanças na faixa de isenção do Imposto de Renda podem ser alcançadas com outras mudanças que vão equilibrar as contas públicas. Ele afirmou, em entrevista à rádio CBN, que aumentar a isenção de R$ 3 mil para R$ 4 mil em 2025 é possível, com reforma.

O governo recentemente ampliou a faixa de isenção de R$ 1,9 mil para R$ 2,6 mil - o patamar da isenção foi elevado para R$ 2.112 desde 1° de maio, e haverá um desconto mensal de R$ 528 direto na fonte - ou seja, no imposto que é retido do empregado. O objetivo, ainda, é chegar ao fim do governo com a faixa de isenção em R$ 5 mil, promessa de campanha de Lula.

"Para chegar a esse patamar (de faixa de isenção) é muito desafiador", reconhece o ministro, que diz perseguir esse número.

O ministro disse ainda que a mudança na postura do governo federal sobre o fim da isenção de imposto em compras internacionais entre pessoas físicas até US$ 50 foi uma resposta ao recuo da Shein, que se comprometeu a investir no País. Ainda assim, o ministro reconhece que o governo e ele próprio precisam encontrar melhores meios de comunicação.

"O governo recuou porque a Shein recuou", disse. Segundo Haddad, a empresa assinou uma carta se comprometendo a produzir e gerar 100 mil empregos no Brasil, pagando impostos no País. "Não tem cabimento o que a Shein estava fazendo", disse.

O ministro Fernando Haddad (Fazenda)
O ministro Fernando Haddad (Fazenda)
Foto: Daniel Teixeira/Estadão / Estadão

Haddad reconheceu as falhas de comunicação do governo. "A comunicação precisa melhorar muito. A minha, inclusive. Estamos fazendo muita coisa corretamente, recuperamos muitas coisas e temos de bater mais bumbo a respeito do que está acontecendo", disse.

Em abril, o governo havia anunciado o fim da isenção até US$ 50 nas compras internacionais entre pessoas físicas como uma maneira de apertar o cerco a essas tentativas de fraude e sonegação. A medida repercutiu mal, com críticas na internet e envolveu até uma articulação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja. O governo, então, recuou e decidiu manter a isenção.

Estadão
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