IR: declaração enviada no final deve ter correção maior
Isto porque a restituição é corrigida pelo valor mensal da Selic e deste montante não é abatido imposto
O prazo para prestar contas ao Fisco termina às 23h59 (de Brasília) desta terça-feira. Quem deixou para o último momento para enviar a declaração corre o risco de errar nos lançamentos e ter que enviar uma retificadora, enfrentar indisponibilidade no site da Receita e até mesmo perder o prazo e pagar multa. Porém, o lado bom para quem não teve escolha e deixou a entrega para o último momento é o valor da correção para quem tiver restituição do Imposto de Renda deve ser maior.
Isto porque a restituição é corrigida pelo valor da Selic e deste montante não é abatido imposto. A restituição corrigida pela Selic (atualmente, em 7,5% ao ano) paga mais que a poupança e que os fundos de investimento. Ou seja, deixar o dinheiro da restiuição ser corrigido pela taxa básica de juros até o último lote, em dezembro, é mais vantajoso financeiramente do que quem receber esse valor logo nos primeiros lotes e utilizá-lo para ser aplicado. Uma diferença fundamental é que o contribuinte fica à mercê de quando a Receita vai liberar sua restiuição, enquanto se estivesse com o dinheiro poderia dar o destino que quiser a ele.
O contribuinte que tiver restituição receberá de acordo com a data de envio da declaração: quanto mais cedo enviou, maior a chance de ter o dinheiro liberado nos primeiros lotes. No primeiro deles, que será liberado em 17 de junho, os idosos e pessoas com deficiênia têm preferência, independentemente do período de entrega da declaração.
Porém, os contribuintes que deixarem para enviar o documento a partir das 0h do dia 1º de maio já serão considerados “atrasados” e deverão pagar multa. A punição por atraso varia: ela pode ser de R$ 165,74 no caso em que não houver imposto devido e de até 20% sobre o imposto devido.