Um em cada três contribuintes ainda não entregou a declaração do IR
A cinco dias do fim do prazo de entrega, pouco mais de dois terços dos contribuintes já enviaram a Declaração do Imposto de Renda. Até as 16h desta sexta-feira, a Receita Federal havia recebido informações de 17.621.566 pessoas físicas, o que equivale a 67,8% dos 26 milhões de declarações esperadas para este ano. Na média, um em cada três contribuintes ainda não prestou contas à Receita.
Somente nas últimas 24 horas, 1,21 milhão de contribuintes acertaram as contas com o Fisco. No levantamento anterior, divulgado ontem, 16.411.797 pessoas físicas haviam entregado o formulário. O prazo de entrega começou em 1º de março e vai até as 23h59min59s do próximo dia 30.
Neste ano, o Fisco espera receber mais de 26 milhões de declarações, ante 25.244.122 do ano passado. O programa gerador está disponível na página da Receita Federal desde 25 de fevereiro. Para transmitir a declaração, é preciso instalar também o Receitanet, que pode ser baixado no mesmo endereço.
A Receita publicou um passo a passo na internet com os procedimentos para a entrega da declaração. Está disponível ainda um manual com perguntas e respostas sobre o preenchimento do documento. O contribuinte também tem uma animação sobre a instalação do programa.
Além da internet, a declaração poderá ser entregue em disquetes de computador nas agências da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, durante o horário de funcionamento das agências. Quem entregar depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou de 20% sobre o imposto devido, prevalecendo o maior valor.
As regras para a entrega da declaração estão na Instrução Normativa 1.333, publicada no Diário Oficial da União em 19 de fevereiro. Estão obrigados a declarar os contribuintes que receberam em 2012 rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 24.556,65, além dos que tiveram rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, com total acima de R$ 40 mil.
A apresentação da declaração é obrigatória para quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto; fez operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; ou obteve receita bruta com a atividade rural superior a R$ 122.783,25. Quem tinha, até 31 de dezembro de 2012, posse de bens ou propriedades, inclusive terra nua, com valor superior a R$ 300 mil, também está obrigado a declarar.
O limite para dedução com gastos com instrução é R$ 3.091,35, informou o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. Por dependente, o contribuinte pode abater R$ 1.974,72. No caso das deduções permitidas com a contribuição previdenciária dos empregados domésticos, o valor do abatimento pode chegar a R$ 985,96. Os gastos com despesas médicas podem ser deduzidos integralmente.
O contribuinte poderá optar pelo desconto simplificado, que é calculado aplicando-se 20% sobre os rendimentos tributáveis. Nesse caso, não é necessária comprovação, e o desconto está limitado a R$ 14.542,60. 'Se o contribuinte tiver deduções, como despesas médicas e gastos com instrução que, somadas, fiquem acima desse limite, a sugestão é que faça a opção pela declaração completa', diz Adir.