Impulsionado por Petrobras e Fed, Ibovespa sobe 1,16%
O volume financeiro da sessão somou R$ 5,94 bilhões, novamente abaixo da média do mês
O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta terça-feira, chegando a flertar com os 52 mil pontos, após declarações moderadas da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, em relação à política monetária dos Estados Unidos.
O Ibovespa subiu 1,16%, a 51.874 pontos. Na máxima, chegou a 51.956 pontos, em alta de 1,32%. O volume financeiro da sessão somou R$ 5,94 bilhões, novamente abaixo da média do mês.
Os papéis da Petrobras guiaram o avanço por praticamente toda a sessão, apesar do enfraquecimento do petróleo. As ações preferenciais da estatal fecharam em alta de 3,9%.
Ao Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos, Janet Yellen disse que o banco central americano está se preparando para considerar uma alta na taxa de juros "de reunião para reunião", e que primeiro vai retirar a palavra "paciente" de seu comunicado.
De acordo com o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Ferreira Lukaisus, os comentários da titular do Fed postergou em pelo menos dois encontros o risco de aumento dos juros, dando uma "sobrevida" ao mercado de ações.
Em Wall Street, o S&P 500 também avançava. A cena corporativa local teve uma sessão aquecida e corroborou o viés ascendente.
Sobe e desce da Bovespa
O Itaú Unibanco encerrou em alta de 1,05%, um dia após indicar executivos que vão liderar as unidades de varejo e atacado e dar um passo em direção à sucessão do presidente-executivo, Roberto Setubal.
O setor de educação seguiu entre os maiores ganhos do Ibovespa, ainda reagindo à decisão do Ministério de Educação de limitar para 2015 as alterações nas regras do programada de financiamento Fies. O Bradesco BBI ainda elevou a recomendação para as ações da Kroton para "outperform".
A Usiminas chegou liderar a alta do índice, mas desacelerou e fechou com elevação de apenas 0,52%, com o adiamento de julgamento em Minas Gerais sobre a volta de três executivos que saíram da siderúrgica em setembro.
Já a Marcopolo valorizou-se 4,53%, após o conselho da fabricante de carrocerias de ônibus aprovar pagamento de R$ 30,16 milhões em dividendos e recompra de até 20 milhões de ações, apesar da queda do lucro no quarto trimestre.
As empresas de papel e celulose Suzano e Fibria foram destaque na ponta negativa, com queda de 5,28% e de 4%, respectivamente.
Analistas atribuíram o movimento a dados sobre o estoque de celulose em janeiro divulgados pelo PPPC (Conselho de Produtos de Papel e Celulose), grupo que compila dados globais sobre o setor.