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Inadimplência chega a 6,3 milhões de empresas; 88% são PMEs

Inadimplência segue aumentando no ano e teve recorde em setembro, de acordo com estudo da Serasa Experian

27 out 2022 - 06h00
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Foto: Adobe Stock

O número de empresas inadimplentes cresceu em setembro e chegou a 6,3 milhões de empresas, de acordo com o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. O valor total em dívidas negativadas foi de R$ 105,2 bilhões somente no mês de referência. 

Veja a evolução do endividamento das empresas no gráfico abaixo: 

Foto: Serasa / Reprodução

Micro e pequenas empresas são maioria entre as inadimplentes 

Das 6,3 milhões de empresas endividadas, 5,6 milhões são micro e pequeno porte que estavam negativadas, segundo o Serasa, ou 88%. O dado representa um aumento de 5% na comparação ano a ano. 

O setor de Serviços teve a maior participação, de 52,2%, seguido pelo Comércio, com 39,4%. Em sequência estavam as Indústrias (7,9%) e Demais (0,5%). De acordo com o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, “as empresas menores tendem a demorar mais tempo para se reerguer, mesmo com a economia estável, por isso é importante planejar uma organização financeira e buscar soluções práticas que auxiliem a cobrança assertiva de clientes e a renegociação de dívidas com parceiros e fornecedores”.

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, mesmo que algumas variáveis econômicas tenham tido melhora no mês, como a queda da inflação, para reverter o quadro de inadimplência é preciso de mais tempo: “A diminuição da inadimplência depende de uma melhora contínua e prolongada. Estamos começando a ver um cenário mais estabilizado agora, mas é necessária uma tendência positiva consolidada para que esse índice de fato comece a regredir”. 

O especialista também explica que a inadimplência é um indicativo em cadeia: “Quando os consumidores conseguirem limpar seus nomes, vão quitar suas dívidas com as empresas. Essas, por sua vez, com um melhor fluxo de caixa, poderão honrar os compromissos financeiros com parceiros e fornecedores e, dessa forma, a inadimplência da pessoa jurídica tende a diminuir”.

Do total de empresas endividadas, o recorte por setor também mostrou que a maioria dos negócios negativados está no setor de Serviços (53,3%). Na sequência estão: Comércio (37,7%), Indústria (7,8%), Setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).

Redação Dinheiro em Dia
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